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Os investimentos chineses no Brasil entraram em uma nova e diversificada fase, migrando da infraestrutura e energia para o dinâmico setor de serviços. Empresas da China estão direcionando bilhões de reais para áreas como delivery, automação logística, franquias de alimentação e serviços financeiros, atraídas pelo potencial do mercado consumidor brasileiro. A multinacional Libiao, por exemplo, chegou ao país com sistemas de robôs para centros de distribuição, enquanto a gigante de fast-food Mixue anunciou investimento de R$ 3,2 bilhões que deve gerar 25 mil empregos até 2030.
O movimento reflete uma estratégia mais ampla de diversificação e aprofundamento da presença chinesa no Brasil. A empresa de delivery Meituan, dona do aplicativo Keeta, planeja aplicar R$ 5,6 bilhões em cinco anos, com expectativa de montar uma rede de 100 mil entregadores parceiros até o final de 2025. No setor financeiro, a bandeira UnionPay já está presente em 24 mil caixas eletrônicos da rede Banco24Horas, desafiando a hegemonia de Visa e Mastercard. A fabricante de smartphones Oppo, por sua vez, anunciou que dobrará sua capacidade de produção no país a partir de 2026.
Segundo dados do Banco Central, o investimento direto chinês no Brasil saltou de US$ 105 milhões em 2019 para US$ 379 milhões apenas no primeiro semestre de 2025. Especialistas atribuem essa expansão acelerada tanto ao ambiente de guerra comercial promovido pelo governo Trump quanto à busca da China por novos mercados para seu excedente de produção. O Brasil se consolida assim como destino prioritário para o capital produtivo chinês, com investimentos que agora chegam ao cotidiano dos brasileiros por meio de sorvetes, delivery e soluções tecnológicas.
Com informações do Brasil247
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