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Em um posicionamento que fortalece a soberania latino-americana frente às ameaças externas, o embaixador da China na Colômbia, Zhu Jingyang, afirmou categoricamente que Pequim “se opõe à ameaça ou ao uso da força nas relações internacionais” e rejeita qualquer interferência externa nos assuntos internos da Venezuela. A declaração, feita neste domingo (19), representa um claro respaldo diplomático aos países da região em um momento de crescentes tensões com o governo norte-americano.
O diplomata chinês destacou o apoio explícito de seu país à Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz, aprovada pela Celac, e à Declaração dos Estados-Membros do Organismo para a Proscrição de Armas Nucleares na região. A posição surge como contraponto direto às recentes ameaças do presidente Donald Trump, que tem escalado retórica contra governos latino-americanos, incluindo acusações ao presidente colombiano Gustavo Petro e explicitado intenções intervencionistas em relação à Venezuela.
Ao alinhar sua diplomacia com os princípios de multilateralismo e respeito ao direito internacional, a China consolida seu papel como parceira estratégica da América Latina, oferecendo uma alternativa ao unilateralismo praticado por Washington. O posicionamento reforça a tese de que a região tem o direito de resolver seus problemas internamente, sem coerção militar nem medidas unilaterais impostas de fora, ao mesmo tempo, em que fortalece a presença geopolítica chinesa no continente por meio de investimentos em infraestrutura, energia e tecnologia.
China se opone a la amenaza o uso de la fuerza en las relaciones internacionales y rechaza cualquier injerencia externa en los asuntos internos de Venezuela bajo cualquier pretexto.
— Zhu Jingyang (@zhu_jingyang) October 17, 2025
China apoya la Proclamación de América Latina y el Caribe como Zona de Paz y la Declaración de… pic.twitter.com/Wp3DIvRi4Z