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Em uma virada estratégica que fortalece sua posição política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou um processo de retomada de controle sobre o governo, demitindo indicados de partidos do centrão que ocupavam cargos no Planalto mas atuavam politicamente contra os interesses do governo. A análise do colunista Celso Rocha de Barros, revela que Lula ampliou significativamente seu poder de barganha em relação a essas legendas, que recebiam cargos enquanto votavam contra o governo no Congresso e preparam apoio a Tarcísio de Freitas em 2026.
O movimento ocorre após dois fatores cruciais: a derrota da Medida Provisória 1303, articulada por deputados conservadores alinhados a Tarcísio, que mostrou a insustentabilidade da relação com partidos infiéis; e a recuperação de Lula nas pesquisas eleitorais, que lhe permitiu oferecer cargos com validade potencial de cinco anos em caso de reeleição, em contraste com mandatos curtos e incertos. A combinação desses elementos quebrou a lógica de chantagem que vigorava até então, onde partidos ameaçavam apoiar o oposicionista em troca de concessões.
A disputa, segundo a análise, é essencialmente sobre quem controlará os recursos do governo nas eleições de 2026. Enquanto em 2022 o Congresso de direita estourou o teto de gastos para permitir que Bolsonaro distribuísse bilhões em benefícios eleitoreiros, agora a estratégia é limitar a capacidade de Lula de gastar e forçá-lo a cortar programas sociais populares. Ao demitir os indicados infiéis, Lula envia a mensagem clara de que não mais tolerará a duplicidade de partidos que usavam cargos para fortalecer bases eleitorais enquanto conspiravam com a oposição.
Com informações da Folha de S.Paulo
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