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A elite financeira da Faria Lima, que até pouco tempo sonhava com a volta da direita ao poder, agora reconhece: Lula pode ser reeleito já no primeiro turno. A mudança de percepção, revelada pelo jornalista Guilherme Amado no site PlatôBR, é resultado direto do colapso do bolsonarismo, da consolidação da liderança internacional do presidente e de sua estratégia de aproximação com setores antes resistentes, como o evangélico.
O derretimento político da extrema direita afetou o humor do mercado. O entusiasmo com uma candidatura viável do campo bolsonarista desapareceu. Hoje, investidores e banqueiros avaliam que Lula não apenas lidera com folga, mas que a oposição se encontra sem rumo, sem nomes fortes e sem discurso.
Um dos fatores que mais pesam nesse reposicionamento é o avanço da diplomacia brasileira. A atuação firme de Lula em defesa da soberania nacional e a retomada de pontes com os Estados Unidos — mesmo após meses de tensão — reforçaram sua imagem global. Em um gesto simbólico, Donald Trump, que havia adotado tom hostil, recuou e disse ter “excelente química” com o presidente brasileiro, abrindo espaço para diálogo entre chanceleres.
Outra frente estratégica de Lula tem sido o diálogo com os evangélicos, um segmento que Bolsonaro tentou transformar em reduto exclusivo da extrema direita. O presidente recebeu lideranças da bancada evangélica no Palácio do Planalto e chegou a orar com o advogado-geral da União, Jorge Messias, cotado para o Supremo Tribunal Federal. Caso a indicação se concretize, será a primeira vez que um ministro evangélico integrará a Corte — gesto que simboliza inclusão e respeito à diversidade religiosa.
Enquanto isso, o campo bolsonarista desmorona. Eduardo Bolsonaro enfrenta isolamento político e diplomático, após ser apontado como articulador de sanções internacionais contra o Brasil. O pai, Jair Bolsonaro, condenado e cada vez mais próximo da prisão, perdeu qualquer capacidade de unificar a oposição. Tarcísio de Freitas já demonstra desinteresse na disputa presidencial e Ratinho Júnior surge apenas como aposta improvisada do Centrão.
Diante desse cenário, a Faria Lima passou a considerar seriamente que Lula pode encerrar a eleição ainda no primeiro turno — algo inédito na história recente. O próprio mercado, que antes torcia o nariz para o governo, agora enxerga estabilidade, previsibilidade e liderança. O bolsonarismo, antes barulhento, se transformou em ruído distante.
Com informações do Brasil 247
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