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A Petrobras vive uma semana decisiva. A estatal aguarda que o Ibama libere, até terça-feira (21), a licença ambiental necessária para perfurar um poço exploratório na Foz do Amazonas, um passo crucial em sua estratégia de expansão na Margem Equatorial, área considerada promissora para descobertas de petróleo em larga escala.
Na última quinta (16), a Petrobras informou que sanou todas as dúvidas técnicas apresentadas pelo órgão ambiental. Após uma reunião entre técnicos da estatal e do Ibama, a empresa afirmou que os esclarecimentos foram considerados satisfatórios e que o processo está pronto para seguir.
O impasse, no entanto, tem prazo e custo alto. O contrato de aluguel da sonda de perfuração, que já custou R$ 543 milhões, vence na terça-feira. Se o Ibama não conceder a licença até lá, a Petrobras corre o risco de perder o equipamento e reiniciar todo o processo de licenciamento, o que atrasaria em meses o cronograma e elevaria os custos — estimados em R$ 842 milhões apenas na primeira fase.
A presidente da estatal, Magda Chambriard, fez um alerta direto: “Se não começarmos a perfurar até o dia 21, essa sonda pode ser retirada da locação, e o processo teria de começar do zero”. O tom da declaração reflete a tensão dentro da empresa, que tenta equilibrar metas de produção, sustentabilidade e a burocracia ambiental.
A Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, é vista como a nova fronteira energética brasileira. Para a Petrobras, ela pode garantir a autossuficiência do país nas próximas décadas. Porém, organizações ambientais e setores do governo pedem cautela, temendo impactos à fauna marinha e às comunidades locais da Amazônia Azul.
A decisão do Ibama será determinante não apenas para o futuro da exploração na região, mas também para o posicionamento estratégico do Brasil no cenário global de energia — em um momento em que o mundo busca conciliar desenvolvimento e sustentabilidade.
Com informações do Brasil 247
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