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O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal, votou pela condenação de sete réus do chamado núcleo 4 da trama golpista durante julgamento realizado nesta terça-feira (21).
O grupo, formado por militares da reserva e um policial federal, é acusado de organizar ações de desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e coordenar ataques virtuais contra instituições e autoridades em 2022. Apenas no caso de Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, Moraes entendeu que a denúncia era parcialmente procedente, condenando-o por apenas dois dos cinco crimes: organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Entre os condenados estão o major da reserva Ailton Barros, o major Ângelo Denicoli, o subtenente Giancarlo Rodrigues, o tenente-coronel Guilherme Almeida, o coronel Reginaldo Abreu e o policial federal Marcelo Bormevet. O voto de Moraes estabelece importante precedente para os demais núcleos da trama golpista que ainda serão julgados - os núcleos 2 e 3 têm datas marcadas para novembro e dezembro, respectivamente, enquanto o núcleo 1, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus, já foi condenado anteriormente.
A decisão reforça o entendimento do STF sobre a responsabilização de agentes que atuaram na campanha de desestabilização democrática que culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
??? Desenhando pra quem ainda não entendeu
— Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) October 21, 2025
Moraes relembra como a desinformação foi estrategicamente usada pela extrema direita para abrir caminho para as ações antidemocráticas.
De maluca nunca teve nada, foi ferramenta pensada e financiada para preparar o terreno para o golpe… pic.twitter.com/zP7M3uWeLp