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A paralisação do governo dos Estados Unidos completou três semanas e já deixou 60 mil homens e mulheres — entre agentes da TSA (Administração de Segurança nos Transportes) e controladores de tráfego aéreo — sem salário. São os profissionais responsáveis por garantir a segurança nos aeroportos e o controle do tráfego aéreo no país, agora forçados a viver de economias, dívidas e bicos.
Com o impasse político travando o orçamento, os funcionários não recebem desde meados de outubro. Muitos relatam desespero: há quem tenha recebido apenas US$ 6,34 no último pagamento. “As pessoas estão trabalhando sem saber como colocar comida na mesa. Muita gente vai dirigir Uber ou fazer entregas após o turno”, disse Neal Gosman, tesoureiro do sindicato AFGE em Minnesota, também afetado pela crise.
Enquanto o governo não aprova o orçamento, aeroportos como o de Minneapolis-St. Paul planejam doações de alimentos e almoços embalados para os servidores. Outros funcionários, como uma agente da TSA em Dallas, disseram que precisarão contrair empréstimos de milhares de dólares para pagar aluguel e contas básicas. “Não tenho outra opção”, afirmou.
A situação lembra a paralisação de 2018-2019, quando a falta de pagamento levou a faltas em massa entre controladores de voo e agentes da TSA, atrasando voos e forçando a redução do tráfego aéreo em Nova York, o que pressionou o Congresso a agir.
Agora, o mesmo cenário volta a se repetir sob o governo Donald Trump, cujos aliados controlam o Congresso, mas dependem de votos democratas para aprovar o orçamento. Os democratas querem manter e ampliar subsídios do Affordable Care Act (Lei de Assistência Médica Acessível), enquanto os republicanos bloqueiam o avanço. “É um jogo de xadrez político com o nosso salário”, desabafou um agente da TSA em Ohio.
Com informações do Brasil 247
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