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Em Villa Fiorito, bairro periférico de Buenos Aires onde nasceu Diego Maradona, a feira popular se expandiu por mais de 20 quarteirões, tornando-se símbolo da crise social que devasta a Argentina sob Javier Milei. Ali, centenas de moradores sobrevivem vendendo o que têm — roupas, utensílios e até objetos pessoais — em mantas estendidas no chão, na tentativa de garantir o sustento básico às vésperas das eleições legislativas.
Gladys Gutiérrez, de 46 anos, é o retrato da tragédia econômica que atinge milhões. “Nos fins de semana, como não rendemos muito em casa, viemos aqui para estender a manta”, conta. O marido está desempregado e, para continuar vendendo, ela teve de contrair dívidas. “As pessoas estão cansadas, estão irritadas”, desabafa, resumindo o clima de desesperança que domina o país.
Embora Milei comemore a queda da inflação, o preço social é altíssimo. A política de arrocho do governo suspendeu obras públicas, paralisou a indústria e provocou forte retração no comércio — justamente os setores que mais empregam. A economia informal já abriga quase 40% da população ativa, empurrando trabalhadores para a precarização e o endividamento.
De acordo com a consultoria Aresco, 75% dos argentinos afirmam que está mais difícil fechar as contas no fim do mês em comparação com 2023. O retrato de Villa Fiorito, o mesmo chão que viu nascer o “pibe de ouro”, revela um país que empobrece aceleradamente enquanto o governo ultraliberal corta direitos e destrói a rede de proteção social construída nas últimas décadas.
Com informações do DCM
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