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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, voltou a ser alvo de investigação policial por suposta conspiração contra o sistema eleitoral em 2022. A situação é considerada tão grave que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que Valdemar fique incomunicável com Jair Bolsonaro e outros réus ou condenados por crimes golpistas, impedindo inclusive uma visita que estava marcada.
O problema é político para toda a extrema direita. Valdemar é peça central na articulação para expandir a base parlamentar bolsonarista no Congresso, sendo a voz de Bolsonaro e o principal estrategista do PL. Ele decidiu transformar a legenda no partido oficial e assumido do bolsonarismo, apostando na fidelização e expansão da base que elegeu 99 deputados em 2022.
A investigação e a figura do "mordomo"
A nova investigação surge a partir da condenação de Carlos Rocha, dono do Instituto Voto Legal. Rocha se definiu como "o mordomo" condenado pelo crime, enquanto Valdemar, que o contratou para produzir o relatório mentiroso contra as urnas, seria o "mandante". A Polícia Federal já havia indiciado Valdemar em 2024, mas a Procuradoria-Geral da República não denunciou-o na ocasião.
Agora, a situação se complica. Valdemar será investigado no ano eleitoral e terá que explicar suas próprias contradições. Em depoimento ao STF, ele afirmou que não gostaria de ter propagado as mentiras do relatório nem entrado com a ação no TSE que resultou em multa de R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé, alegando ter sido "forçado" por deputados do PL.
O impacto para o bolsonarismo
A investigação desconcentra Valdemar e sua equipe num momento crucial de preparação para as eleições de 2026. Desta vez, avalia-se que as chances de o presidente do PL escapar são menores, pois espera-se que a PGR não arquive o caso novamente. A crise intranquiliza a cúpula bolsonarista e expõe as entranhas de uma operação golpista que envolveu figuras-chave do partido.
O problemão de Valdemar tornou-se um problemão coletivo. A investigação joga luz sobre todos que andaram com ele e com o "mordomo" Carlos Rocha, revelando que a teia golpista é um risco para a democracia e um empecilho para os planos da extrema direita em 2026.
Com informações: Brasil 247
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