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Em maio de 2023, o presidente da OpenAI, Sam Altman, escolheu o Rio de Janeiro como primeiro destino de sua viagem global para expandir os horizontes da inteligência artificial. Aos 40 anos, o empresário e ex-aluno de Stanford elogiou a cidade por reunir as “condições ideais” para o avanço tecnológico — e sua visão começa a ganhar forma em um projeto bilionário que pode transformar o Rio em um dos maiores polos de inovação do planeta.
O Rio AI City, centro da estratégia tecnológica da capital fluminense, prevê US$ 65 bilhões em investimentos nos próximos oito anos. O plano inclui a construção de data centers na Barra da Tijuca e supercomputadores da Nvidia no Porto Maravalley, com meta de alcançar 3,2 gigawatts de capacidade energética — mais do que o consumo atual de toda a cidade. O objetivo é colocar o Rio entre os dez maiores polos de data centers do mundo, aproveitando sua localização estratégica e a abundância de energia limpa.
Empresas como Google Labs, Oracle, Amazon, Nvidia e Elea Data Centers já confirmaram participação, e novas parcerias estão sendo negociadas, inclusive com a própria OpenAI. “O Rio já é a capital da energia com a Eletrobras. Agora quer ser a capital da inteligência”, disse o vice-prefeito Eduardo Cavaliere, que assumirá o comando da cidade em abril, quando Eduardo Paes deixará o cargo para disputar o governo do estado.
O projeto também aposta em formação de talentos e inovação acadêmica. A previsão é criar 10 mil empregos de alta qualificação para cada 100 MW de energia gerada, em parceria com universidades como UFRJ, UFF, UERJ, PUC-Rio e FGV, além do IMPA Tech, que formará 100 especialistas por ano em matemática aplicada à tecnologia e inovação.
O Rio conta ainda com uma infraestrutura digital de ponta, com cabos submarinos que o conectam a todos os continentes desde as Olimpíadas de 2016. Mas especialistas alertam que o sucesso do projeto dependerá de avanços em segurança pública e mobilidade urbana — condições essenciais para atrair investidores e profissionais qualificados.
O que já é certo é que o Rio volta ao mapa da inovação mundial com uma promessa ousada: unir energia limpa, ciência e inteligência artificial para redesenhar o futuro da cidade e do Brasil.
Com informações do Brasil 247
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