O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o país realizará “operações terrestres” contra cartéis de drogas latino-americanos nos próximos dias, em um movimento que reacende o fantasma do intervencionismo norte-americano. A declaração, feita na Casa Branca, ampliou as tensões com a Venezuela, alvo frequente do discurso imperialista de Washington, embora Trump tenha evitado citar diretamente o governo de Nicolás Maduro.
Em tom agressivo, o republicano afirmou estar “muito insatisfeito com Caracas” e revelou ter autorizado a CIA a executar operações secretas em território venezuelano. A medida foi apoiada por figuras da extrema direita norte-americana, como o secretário de Estado Marco Rubio e o secretário de Defesa Pete Hegseth, ambos defensores do uso da força militar para derrubar Maduro e tomar o controle das riquezas energéticas do país.
Hegseth chegou a comparar cartéis latino-americanos a grupos terroristas como Al Qaeda e Estado Islâmico, afirmando que o Pentágono “vai rastreá-los, caçá-los e eliminá-los”. Já Trump prometeu “matar quem tentar levar drogas aos EUA”, deixando claro que não pretende pedir autorização do Congresso nem respeitar os tratados internacionais que regulam ações militares.
A escalada verbal ocorre após ataques a embarcações no Caribe e no Pacífico, que já deixaram pelo menos 37 mortos. A Casa Branca tenta justificar as ofensivas como parte de uma suposta “guerra contra o narcotráfico”, mas especialistas em direito internacional denunciam que as ações violam tratados da ONU e princípios básicos da soberania nacional.
Enquanto Trump tenta transformar a América Latina em campo de testes para sua política de violência e controle, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, respondeu com firmeza que qualquer incursão dos EUA em território venezuelano “fracassará”. Até agora, o Itamaraty e os demais governos da região mantêm silêncio diante da nova provocação imperial.
#DefendiendoVenezuela Vladimir Padrino López Ministro de Defensa de la patria bolivariana
O discurso belicista de Trump é mais um alerta de que a extrema direita global segue disposta a ameaçar países soberanos em nome do lucro e da dominação política — um roteiro que o bolsonarismo, aliado histórico do trumpismo, conhece bem.
Com informações do DCM
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