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Os Estados Unidos voltaram a lançar acusações sem provas contra governos de esquerda latino-americanos, em uma tentativa clara de deslegitimar lideranças populares que resistem ao domínio norte-americano na região. Durante uma audiência no Senado em Washington, o ex-secretário assistente do Tesouro, Marshall Billingslea, afirmou que o governo da Venezuela teria financiado campanhas de esquerda, incluindo no Brasil — uma narrativa reciclada dos tempos da Guerra Fria, usada para justificar sanções e intervenções políticas.
Segundo Billingslea, o governo de Nicolás Maduro teria usado “dinheiro sujo” para apoiar lideranças como Luiz Inácio Lula da Silva, Gustavo Petro e outros presidentes progressistas da América Latina. Sem apresentar qualquer prova concreta, o ex-funcionário norte-americano repetiu velhos chavões do imperialismo, dizendo que “com a democracia na Venezuela, acaba o dinheiro para campanhas socialistas na região”. O tom da declaração revela a tentativa dos EUA de associar a esquerda latino-americana ao crime organizado, deslegitimando vitórias eleitorais obtidas de forma democrática.
Billingslea chegou a afirmar que a Venezuela abriga o grupo Hezbollah, servindo como “refúgio” para atividades ilegais. A retórica é a mesma usada por Washington para justificar guerras no Oriente Médio — agora transportada para a América Latina com o objetivo de enfraquecer governos soberanos e reaproximar a região da órbita norte-americana.
As declarações ocorrem em meio a um novo ciclo de pressões políticas e econômicas dos EUA sobre Caracas, especialmente depois que a estatal venezuelana PDVSA retomou acordos com China, Rússia e países do BRICS. Analistas apontam que os ataques fazem parte de uma ofensiva diplomática contra o avanço da integração latino-americana e o fortalecimento do eixo Sul Global, liderado por Lula, Petro e outros líderes progressistas.
O depoimento também citou o ex-chefe de inteligência venezuelano Hugo “El Pollo” Carvajal, hoje colaborando com o Departamento de Justiça dos EUA, que teria mencionado repasses a campanhas de esquerda. No entanto, o próprio governo norte-americano não confirmou as informações, reforçando o caráter político das acusações. Enquanto isso, Washington tenta reavivar a narrativa anticomunista, mirando em líderes que defendem soberania, justiça social e integração regional.
Mais uma vez, o império norte-americano usa velhos truques para tentar manchar a imagem de quem ousa desafiar sua hegemonia. Mas o discurso da “ameaça socialista” já não convence os povos da América Latina, que reconhecem nessas acusações o medo de ver o continente se libertar, de vez, da tutela dos Estados Unidos.
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Com informações do DCM
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