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O governo federal voltou a criticar com firmeza a Operação Contenção, que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro — a mais letal da história do país. Após anunciar uma parceria com o governo fluminense para instalar um escritório emergencial de enfrentamento ao crime organizado, o Planalto publicou um vídeo nas redes com o recado: “Mais inteligência e menos sangue”.
O vídeo, intitulado “Explicando a operação policial no Rio de Janeiro com… inteligência”, reconhece o medo da população diante do crime, mas critica a lógica de extermínio. Em tom didático, o governo lembra que “matar 120 pessoas não adianta nada. Mesmo se forem todos bandidos, amanhã tem outros 120 fazendo o mesmo trabalho”.
Com ironia, o vídeo diz que é preciso “mirar na cabeça, mas não de pessoas”, explicando que o verdadeiro combate deve atacar “o cérebro e o coração das organizações criminosas”. A mensagem reforça a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defende o uso de inteligência e integração entre os poderes públicos em vez de operações letais.
Como exemplo de estratégia eficaz, o governo cita uma ação do Ministério Público e da Receita Federal, em agosto, que desarticulou o PCC no setor de combustíveis e no mercado financeiro — operação que enfraqueceu as finanças da facção sem derramamento de sangue.
A iniciativa faz parte de uma resposta coordenada após as críticas do governador Cláudio Castro (PL), que tentou transferir a responsabilidade da crise de segurança para o governo federal. O Planalto, no entanto, reafirma que tem apoiado o estado e prega que o combate ao crime deve unir eficiência e humanidade.
“Combate ao crime, para funcionar, precisa de mais inteligência e menos sangue”, conclui o vídeo.
Assista ao vídeo:
Vídeo do governo Lula diferencia o modo de combate ao crime dos governos federal e do Rio de Janeiro. pic.twitter.com/nx8g3F8FgZ
— Brasil 247 (@brasil247) October 30, 2025