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Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disseram ao Estadão que foram pegos de surpresa com a inclusão, para a próxima terça-feira (4), do julgamento que pode cassar o mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). A decisão da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, foi tomada um dia após a megaoperação policial que deixou mais de 120 mortos nas comunidades da Penha e do Alemão, o que gerou desconforto entre magistrados.
O TSE negou qualquer relação entre os fatos. A assessoria da Corte informou que o caso foi pautado porque a relatora, ministra Isabel Gallotti, liberou o processo antes de deixar o tribunal, no fim de novembro. Mesmo assim, ministros destacaram que o caso estava parado há meses e só agora foi incluído, em um momento de extrema tensão política e social no Rio.
Nos bastidores, há expectativa de que algum ministro peça vista, adiando a decisão final. O processo envolve acusações de abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022. Segundo o Ministério Público Eleitoral, o governo fluminense teria usado recursos da Ceperj e da UERJ para fins eleitorais, financiando contratações e projetos voltados à reeleição de Castro.
O governador foi absolvido pelo TRE-RJ por falta de provas, mas o Ministério Público recorreu, levando o caso ao TSE. Se condenado, Cláudio Castro pode perder o cargo e ficar inelegível por oito anos, abrindo uma nova crise política no estado — já abalado pelas denúncias de corrupção, ligações suspeitas com empresários e a chacina recorde nas últimas semanas.
Com informações do Brasil 247
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