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O governo dos Estados Unidos prepara um novo capítulo de intervenção militar na América Latina. Segundo informações do Miami Herald e do Wall Street Journal, o presidente Donald Trump autorizou o Pentágono a planejar ataques contra instalações militares dentro da Venezuela, sob o pretexto de combater o “Cartel de los Soles”, grupo que Washington afirma ser chefiado pelo presidente Nicolás Maduro. A operação, descrita como “iminente”, teria como alvos pistas clandestinas, centros de comando e depósitos de armas — um passo que reacende o fantasma do imperialismo norte-americano no continente.
Fontes da Casa Branca afirmam que o objetivo seria “decapitar a estrutura hierárquica” do suposto cartel, mas o discurso lembra antigas justificativas usadas pelos EUA para invadir países ricos em petróleo, como Iraque e Líbia. Questionados sobre se Maduro seria um alvo direto, altos funcionários responderam de forma enigmática: “O tempo dele está acabando”.
Desde agosto, os Estados Unidos vêm reforçando sua presença militar no Caribe, montando uma força-tarefa com destróieres equipados com mísseis, aviões de reconhecimento e drones de ataque. Em outubro, o porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior do mundo, chegou à região acompanhado por cinco navios de guerra e mais de 4 mil militares. Fontes militares venezuelanas exiladas afirmam que o destacamento faz parte da “fase final” de um plano para enfraquecer o governo de Caracas e eliminar lideranças dos grupos Cartel de los Soles e Tren de Aragua.
Embora Trump negue uma decisão definitiva, a escalada é evidente. Em agosto, Washington dobrou a recompensa pela captura de Maduro para US$ 50 milhões, e mantém prêmios de US$ 25 milhões para Diosdado Cabello e Vladimir Padrino López, ministros-chave de Caracas. A procuradora-geral Pam Bondi classificou Maduro como “um dos maiores narcotraficantes do mundo”, repetindo o velho discurso moralista usado para justificar ações de guerra e sanções econômicas.

Analistas do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) afirmam que a movimentação norte-americana pode não resultar em invasão, mas representa clara ameaça à soberania venezuelana. “Há poder de fogo para ataques aéreos, mas não para ocupação”, avaliou o coronel Mark Cancian, comparando o cenário ao assassinato do general iraniano Qasem Soleimani, em 2020. Outros especialistas acreditam que o verdadeiro objetivo de Trump é provocar deserções internas e desestabilizar o governo bolivariano.
Apesar das negativas oficiais, a saída recente do destróier USS Gravely de Trinidad reforça os sinais de que a Venezuela está no centro de uma operação militar sem precedentes desde a invasão do Panamá em 1989 — mais um passo agressivo de Washington contra um país que ousa manter-se fora do eixo de submissão aos Estados Unidos.
Com informações do DCM
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