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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (4) que, por mais pressão que o mercado financeiro exerça sobre o Banco Central, a queda dos juros no Brasil é inevitável. A declaração foi dada em evento da Bloomberg, em São Paulo, um dia antes da nova decisão do BC sobre a taxa Selic.
“Vão ter que cair, vão ter que cair. Por mais pressão que os bancos façam sobre o Banco Central para não baixar juros, elas vão ter que cair”, disse o ministro, ao apontar que uma taxa real de 10% ao ano é insustentável diante de uma inflação de apenas 4,5%. “Você vai sustentar um juro de 15% em nome do quê?”, questionou.
Atualmente, a Selic está em 15% ao ano, o nível mais alto do mundo entre economias relevantes. O Banco Central, sob a presidência de Roberto Campos Neto, tem defendido manter a taxa “por período prolongado”, alegando necessidade de garantir o cumprimento da meta de inflação.
Haddad, no entanto, destacou que as expectativas do mercado vêm melhorando. O Boletim Focus aponta queda nas projeções de inflação: 4,55% para 2025, 4,20% para 2026 e 3,80% para 2027. Para o ministro, os números confirmam que o país está no caminho da estabilidade e que manter juros tão altos só interessa ao rentismo que trava o crescimento.
A fala de Haddad reforça a postura do governo Lula de defender a redução responsável das taxas de juros para permitir a retomada do investimento, da geração de empregos e do poder de compra da população — em contraste com o modelo ultraliberal defendido por setores ligados ao bolsonarismo e ao sistema financeiro.
Com informações do Brasil 247
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