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A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quarta-feira (5) que a nova fase da Operação Carbono Oculto reforça a necessidade de fortalecer a integração entre as forças de segurança, princípio central da PEC da Segurança Pública proposta pelo governo Lula.
Segundo Gleisi, a operação deflagrada no Piauí, Maranhão e Tocantins desmantelou uma rede de fraude de combustíveis e lavagem de dinheiro ligada ao PCC, com ramificações em empresas financeiras da Faria Lima, em São Paulo. “Mais uma vez, a Polícia Federal e a Receita agiram em coordenação com as polícias estaduais e o Ministério Público, seguindo o dinheiro sujo e prendendo os cabeças do crime. É isso que propõe a PEC da Segurança Pública — sem demagogia e sem colocar em risco a soberania nacional”, declarou a ministra.
A ação, batizada de Carbono Oculto 86, levou à interdição de quase 50 postos de combustíveis e revelou o uso de empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para disfarçar recursos do crime organizado. As investigações tiveram início na Secretaria de Segurança Pública do Piauí, que identificou a simulação de operações comerciais para dar aparência de legalidade ao dinheiro do tráfico.
O governo federal vê o caso como exemplo de cooperação entre União, estados e municípios, modelo que a PEC busca institucionalizar. A operação teve o apoio da Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público e das polícias estaduais, e deve ter novas fases nos próximos meses.
Para Gleisi, o êxito da ofensiva prova que inteligência e cooperação valem mais do que bravatas e discursos populistas: “É preciso atacar o dinheiro das facções, não apenas seus soldados”. A ministra afirmou ainda que quem se opõe à PEC da Segurança Pública “são os criminosos, seus agentes financeiros e os que exploram o medo com fins eleitorais”.
A Operação Carbono Oculto é considerada uma das maiores ações de combate à lavagem de dinheiro do PCC fora do eixo Sudeste, e confirma a prioridade do governo Lula em fortalecer a ação integrada do Estado contra o crime organizado.
Mais uma fase da Operação Carbono Oculto, desta vez no Piauí, Maranhão e Tocantins, desarticulou uma rede de fraude de combustíveis e lavagem de dinheiro da facção PCC. É parte do mesmo esquema bilionário envolvendo financeiras na Faria Lima que foi desmantelado no mês de agosto.…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) November 5, 2025