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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (10) a condenação dos deputados bolsonaristas Josimar Maranhãozinho (MA), Pastor Gil (MA) e João Bosco da Costa (SE), todos do Partido Liberal (PL), por liderarem um esquema de corrupção e desvio de verbas públicas por meio da venda de emendas parlamentares. A denúncia foi apresentada ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo as investigações da Polícia Federal e as alegações finais da PGR, os parlamentares direcionaram emendas a prefeituras do Maranhão em troca de propina. Só para o município de São José do Ribamar, os repasses chegaram a R$ 6,67 milhões. A propina cobrada ao então prefeito Eudes Ribeiro teria sido de R$ 1,6 milhão, com ameaças e chantagens para garantir o pagamento.
O vice-procurador-geral Hindemburgo Chateaubriand afirmou que o grupo agia de forma estruturada, com divisão de tarefas, configurando uma verdadeira organização criminosa. O núcleo político contava ainda com o lobista José Batista Magalhães, que intermediava os pagamentos, e com Josival Cavalcanti, o “Pacovan”, responsável por coagir o prefeito a aderir ao esquema. O grupo chegou a criar um site para difamar Ribeiro quando ele resistiu às cobranças.
De acordo com a denúncia, João Bosco repassou mais de R$ 4 milhões, mesmo sem ligação eleitoral com o estado. Já Maranhãozinho e Pastor Gil enviaram cerca de R$ 1 milhão cada, ampliando a rede de corrupção dentro do PL, partido comandado por Jair Bolsonaro e marcado por sucessivos escândalos de desvio de recursos públicos.
A PGR pediu, além da condenação penal, a perda de mandato dos três deputados e o pagamento de indenização por danos morais coletivos. O processo tramita na Primeira Turma do STF, e sua conclusão pode expor ainda mais o envolvimento de políticos bolsonaristas em esquemas de corrupção — uma ironia para quem se dizia defensor da “nova política”.
Com informações da Fórum
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