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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13) uma nova fase da Operação Sem Desconto, atingindo em cheio o núcleo de comando da Previdência durante o governo Bolsonaro. O ex-ministro da Previdência José Carlos Oliveira, conhecido como Ahmed Mohamad, será monitorado por tornozeleira eletrônica após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A medida integra um pacote de ações cautelares para impedir supostas interferências do ex-gestor nas investigações sobre um bilionário esquema de descontos fraudulentos aplicados em benefícios de aposentados e pensionistas.
A operação também resultou na prisão preventiva do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, que já havia sido afastado e demitido em abril, quando as primeiras irregularidades revisitaram. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG), indicando que a PF mira desarticular toda a estrutura responsável por autorizar as ilegalidades dentro do sistema previdenciário.
A dimensão do prejuízo aos cofres públicos e aos beneficiários é monumental. Dados do próprio INSS revelam que 4,8 milhões de pessoas tiveram fraudes confirmadas em seus benefícios, com direito a reembolso. No total, cerca de 6 milhões de aposentados e pensionistas relataram não reconhecer descontos aplicados em seus extratos. O esquema permitia o lançamento de cobranças associativas sem qualquer autorização, reduzindo drasticamente o valor recebido por quem depende da previdência.
Em caráter nacional, a PF e a Controladoria-Geral da União cumprem 63 mandados de busca, 10 de prisão preventiva e outras medidas cautelares distribuídas por 17 estados e pelo Distrito Federal. As investigações apuram crimes de inserção de dados falsos, estelionato previdenciário, corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, num dos maiores escândalos financeiros já desvendados na administração pública brasileira.
Com informações do Metrópoles
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