1911 visitas - Fonte: Plantão Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (17), que o novo Plano Nacional de Cultura (PNC) inaugura uma década de fortalecimento da participação social e consolidação da cultura como política de Estado. Durante o ato no Palácio do Planalto, Lula enviou o texto ao Congresso e celebrou o início da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que organizará o diálogo permanente entre União, estados e municípios dentro do Sistema Nacional de Cultura.
Lula destacou que o PNC 2025–2035 pretende transformar a cultura em movimento popular e de base, conectando políticas públicas às expressões artísticas dos territórios urbanos, rurais, quilombolas, indígenas e ribeirinhos. Para ele, o país precisa romper a dependência histórica do eixo Rio–São Paulo e revelar a criatividade que pulsa em todo o Brasil. “Todo mundo tem um potencial cultural extraordinário”, disse o presidente, defendendo que o Estado deve incentivar — e não controlar — a produção cultural.
O presidente voltou a criticar o desmonte promovido pelo bolsonarismo, que extinguiu ministérios e tentou hostilizar artistas, produtores e o próprio setor cultural. Lula afirmou que o novo plano funciona como uma barreira contra retrocessos e como instrumento para impedir que governos autoritários voltem a perseguir a criação artística. Ele também convocou os agentes culturais a atuarem como base de conscientização para enfrentar negacionismo e fascismo, reforçando a necessidade de uma “guerrilha democrática cultural”.
Ao citar entraves burocráticos que afastam criadores do acesso a recursos públicos, Lula defendeu mudanças que tornem o financiamento mais simples e transparente. Para isso, o novo comitê nacional de cultura — ligado ao PNCC e representado por agentes de todas as regiões — ganhará protagonismo na pactuação de estratégias e na ampliação do diálogo federativo. A ministra Margareth Menezes afirmou que o plano simboliza a reconstrução cultural após anos de abandono.
A presidência da COP30, também comandada pelo diplomata brasileiro André Corrêa do Lago, foi citada como exemplo da força internacional da política cultural e ambiental do país, especialmente após Belém mostrar ao mundo que a Amazônia produz cultura, ciência e diplomacia. Lula reforçou que quer ampliar convênios culturais e educacionais com países africanos, numa agenda que reconhece a dívida histórica deixada por séculos de exploração colonial e escravidão.
Com diretrizes para dez anos, o PNC estabelece metas para fortalecer a democracia cultural, ampliar a participação social, garantir continuidade administrativa e consolidar a cultura como eixo do desenvolvimento nacional. O governo espera que o Congresso aprove o texto ainda em 2025, evitando brechas para novos ataques promovidos pela extrema direita, que tenta reduzir a cultura a inimiga ideológica desde o governo Bolsonaro.
Com informações do Brasil 247
Plantão Brasil foi criado e idealizado por THIAGO DOS REIS. Apoie-nos (e contacte-nos) via PIX: apoie@plantaobrasil.net
Follow @ThiagoResiste
APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!
Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.