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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aplicou nesta terça-feira (18) penas que chegam a 24 anos de prisão contra os integrantes do núcleo mais violento da tentativa golpista, conhecido como "Kids Pretos". Por unanimidade (4 a 0), oito militares do Exército e um policial federal foram condenados por crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, por planejarem o sequestro e assassinato de autoridades incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. O general Estevam Theophilo foi o único absolvido por falta de provas, em decisão que seguiu o voto do relator Alexandre de Moraes.
As penas foram fixadas entre 1 ano e 11 meses até 24 anos de reclusão, com a maioria dos condenados cumprindo regime fechado. Durante o julgamento, os ministros foram unânimes em caracterizar a gravidade extrema dos crimes. "Isso não são fatos corriqueiros. O Brasil chegou à beira do precipício de atos muito violentos", afirmou Flávio Dino. Já Cristiano Zanin destacou que "parte dos réus executou ações de campo para monitorar e neutralizar autoridades públicas".
O STF determinou ainda que a Procuradoria-Geral da Justiça Militar e o Superior Tribunal Militar sejam acionados para processar a expulsão dos militares condenados das Forças Armadas, medida que consolida a responsabilização dos envolvidos no mais grave atentado contra a democracia brasileira desde a redemocratização.
Com informações do Brasil247
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