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A CPI do Crime Organizado decidiu convocar 22 autoridades de 11 estados, entre elas cinco governadores — muitos deles alinhados à direita — para prestar esclarecimentos sobre o fortalecimento das facções criminosas e as falhas estruturais na segurança pública e no sistema penitenciário brasileiro.
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Foram chamados os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ), Eduardo Leite (PSD-RS), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Ibaneis Rocha (MDB-DF), além de todos os seus respectivos secretários de Segurança Pública.
A expectativa é que as oitivas comecem já na primeira semana de dezembro, embora a ordem dos depoimentos ainda dependa da definição do relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), e do presidente da CPI, senador Fabiano Contarato (PT-ES).
A lista contempla governadores e secretários de estados que lidam com diferentes níveis de crise na segurança pública. A seguir, os chamados, por estado:
-Amapá
Clécio Luís – Governador
Cézar Vieira – Secretário de Justiça e Segurança Pública
-Bahia
Jerônimo Rodrigues – Governador
Marcelo Werner Derschum Filho – Secretário de Segurança Pública
-Pernambuco
Raquel Lyra – Governadora
Alessandro Carvalho Liberato de Mattos – Secretário de Defesa Social
-Ceará
Elmano de Freitas – Governador
Antonio Roberto Cesário de Sá – Secretário de Segurança Pública e Defesa Social
-Alagoas
Paulo Dantas – Governador
Flávio Saraiva – Secretário de Segurança Pública
-Santa Catarina
Jorginho Melo – Governador
Flávio Rogério Pereira Graff – Secretário de Segurança Pública
-Paraná
Ratinho Júnior – Governador
Hudson Leôncio Teixeira – Secretário de Segurança Pública
-Rio Grande do Sul
Eduardo Leite – Governador
Mario Ikeda – Secretário de Segurança Pública
-Distrito Federal
Ibaneis Rocha – Governador
Sandro Torres Avelar – Secretário de Segurança Pública
-Rio de Janeiro
Cláudio Castro – Governador
Victor Cesar Carvalho dos Santos – Secretário de Segurança Pública
-São Paulo
Tarcísio de Freitas – Governador
Guilherme Muraro Derrite – Secretário de Segurança Pública
“Cada estado fala uma língua, o crime fala todas”
Na abertura da sessão desta quarta (19), o presidente da CPI, senador Fabiano Contarato, afirmou que o sistema penitenciário brasileiro está tão fragmentado e despadronizado que se tornou um ambiente fértil para o crescimento das facções criminosas.
“É inadmissível que, atrás das grades, nasça uma ‘justiça paralela’ que distribua sentenças de vida e de morte. É inadmissível que ordens de ataque circulem com mais velocidade do que informações oficiais.”
Contarato destacou que cada estado opera de forma isolada, sem integração ou protocolos comuns — e é justamente nesse vácuo que o crime organizado se fortalece:
“Cada presídio funciona de um jeito. Cada estado adota um método. Cada sistema fala uma língua. E o crime organizado escuta todas.”
As declarações foram feitas durante o depoimento do diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Antônio Glautter de Azevedo Morais, que expôs dados sobre a capacidade das facções de comandar execuções, extorsões, tráfico e ataques diretamente de dentro das unidades prisionais.
Com informações da Fòrum
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