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O Exército voltou atrás e cancelou as férias que havia concedido ao tenente-coronel Mauro Cid, figura central na engrenagem golpista e delator de colegas de farda. Em vez do descanso previsto para novembro, a Força optou por “agregá-lo” novamente, mantendo-o oficialmente na ativa, mas sem necessidade de comparecer ao expediente. A decisão, revelada pela coluna de Igor Gadelha, ajusta a situação administrativa do militar num momento em que o país ainda acompanha os desdobramentos do 8 de Janeiro.
No início do mês, após o STF concluir o julgamento que confirmou a participação de Cid na trama antidemocrática, o Exército havia determinado 60 dias de férias como forma de evitar que ele retornasse imediatamente ao convívio interno. A leitura dentro da caserna era que a presença do delator, que expôs detalhes do envolvimento de superiores e aliados bolsonaristas, poderia gerar tensão e constrangimento.
Mesmo assim, o comando revisou a avaliação e decidiu manter Cid afastado de maneira controlada até que o STF finalize a análise sobre a extinção de sua pena. A Corte ainda precisa computar o tempo de prisão preventiva para definir se a condenação — resultado do acordo de delação — já estaria integralmente cumprida.
A defesa sustenta que o período em detenção cautelar é suficiente para encerrar a pena de dois anos. O Exército, porém, prefere aguardar o posicionamento oficial para evitar qualquer medida que possa ser interpretada como favorecimento ou pressão política.
Enquanto isso, Cid permanece numa espécie de limbo administrativo: não volta plenamente à rotina militar, não sai dela por completo e continua sob observação, à espera do desfecho judicial. A posição preserva a Força de novos desgastes, especialmente diante do histórico desastroso da influência bolsonarista sobre setores das Forças Armadas.
Com informações do DCM
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