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O laudo pericial da Polícia Federal concluiu de forma categórica que a tornozeleira eletrônica de Jair Bolsonaro sofreu danos por uma fonte intensa de calor, comprovando a tentativa deliberada de violar o equipamento de monitoramento.
O exame, finalizado nesta segunda-feira (24), identificou queimaduras circulares em toda a circunferência do dispositivo e a presença de partículas de ferro na área danificada, evidenciando o uso de um objeto metálico aquecido - compatível com o "ferro de solda" mencionado pelo próprio ex-presidente em seu depoimento. A análise técnica, que utilizou métodos como microfluorescência de raios X e comparação com equipamento intacto, demonstrou que o aquecimento ultrapassou deliberadamente o ponto de resistência do material, caracterizando uma ação intencional de danificar o dispositivo.
As conclusões da PF corroboram integralmente o relatório preliminar da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, que havia apontado sinais evidentes de violação e serviu de base para o ministro Alexandre de Moraes decretar a prisão preventiva de Bolsonaro no último sábado. O laudo descreve "danos significativos" concentrados especificamente na região de fechamento da caixa, padrão que indica tentativa de abertura forçada.
Um segundo exame complementar está em andamento no Instituto Nacional de Criminalística para avaliar possíveis danos no circuito eletrônico e identificar quais sensores foram acionados durante o superaquecimento, enquanto Bolsonaro permanece detido na Superintendência da PF ao lado dos laboratórios onde as investigações técnicas seguem aprofundando as evidências contra o ex-presidente.
Com informações do jornal O Globo
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