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Em uma tentativa dramática de vitimização, o senador Flávio Bolsonaro insinuou que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes seria o responsável caso seu pai, Jair Bolsonaro, faleça durante a prisão preventiva. Em declaração a jornalistas nesta terça-feira (25), Flávio afirmou que o ex-presidente teve uma nova crise de soluços durante a noite e, sem citar diretamente o ministro, ameaçou: "Se acontecer alguma coisa com ele, todos sabemos de quem é a responsabilidade". A estratégia de Flávio ocorre em meio à evidente fragilidade política da família Bolsonaro, que tenta transformar a situação carcerária do ex-presidente - condenado a 27 anos por liderar tentativa de golpe de Estado - em um drama pessoal para mobilizar sua base mais radical.
A encenação de Flávio contrasta com laudos médicos oficiais que atestam o bom estado de saúde do ex-presidente, contradizendo a narrativa de fragilidade construída pela defesa. A visita de Flávio e Carlos Bolsonaro ao pai na Superintendência da Polícia Federal em Brasília parece fazer parte de uma estratégia orquestrada para manter o caso na mídia, enquanto as evidências contra o ex-presidente se acumulam - incluindo o laudo pericial que comprovou o uso de ferro de solda para tentar violar a tornozeleira eletrônica. A postura do clã Bolsonaro, que insiste em acusar as instituições democráticas em vez de reconhecer os crimes cometidos, revela o desespero de um projeto político em colapso, que recorre ao melodrama para tentar recuperar relevância após sucessivas derrotas judiciais e políticas.
Desde que um militante do PSOL tentou matar meu pai, a saúde dele inspira cuidados. Bolsonaro é muito forte, mas as condições degradantes, as seguidas humilhações impostas pelo sistema, somado aos medicamentos que ele precisa tomar, deixam o quadro complicado. E, agora, ele vai… https://t.co/GuX4vPFAw9
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) November 25, 2025