25/11/2025 15:41

Generais Heleno e Paulo Sérgio são presos e levados ao CMP após condenação definitiva por golpe

1735 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A Polícia Federal, em conjunto com o Exército, prendeu nesta terça-feira (25) dois dos pilares da estrutura golpista do governo Bolsonaro: os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, ambos ex-ministros e figuras centrais da cúpula que tentou subverter a ordem democrática no país. Eles foram levados para o Comando Militar do Planalto, em Brasília, onde devem iniciar o cumprimento das penas após o trânsito em julgado das condenações no Supremo Tribunal Federal.

O STF determinou que não cabem mais recursos e autorizou a execução imediata das penas: Heleno foi condenado a 21 anos de prisão e Paulo Sérgio a 19 anos. A Corte também concluiu o processo para outros réus ligados ao esquema golpista — entre eles Alexandre Ramagem, Anderson Torres e nomes do núcleo militar que serviu ao bolsonarismo enquanto o país enfrentava ameaças à democracia.

A escolha do Comando Militar do Planalto segue o Estatuto dos Militares, que prevê que militares da ativa ou da reserva condenados em processos dessa natureza podem cumprir pena em instalações militares. A jurisprudência admite essa exceção mesmo para crimes comuns quando existe risco à integridade física, possibilidade de instabilidade institucional ou dificuldade de alocação no sistema prisional.

As prisões reforçam a responsabilização da cúpula que operou para fragilizar as instituições brasileiras. Entre os condenados estão ainda Almir Garnier, Walter Braga Netto, Mauro Cid e outros nomes que, cada um à sua maneira, participaram das engrenagens que sustentaram o delírio autoritário do bolsonarismo.

Enquanto isso, Jair Bolsonaro segue preso na Superintendência da Polícia Federal por outra investigação, onde permanece desde sábado (22), após ter violado a tornozeleira eletrônica e diante das evidências de que articulava estratégias de fuga — manobras típicas do clã que sempre tentou operar acima da lei. A defesa alega confusão mental, mas Moraes apontou risco concreto de evasão.

As prisões desta terça-feira consolidam uma etapa central no enfrentamento ao golpismo e marcam um raro momento em que setores historicamente blindados são finalmente chamados a responder perante a lei, abrindo caminho para uma democracia mais protegida contra aventuras autoritárias.

Com informações do G1

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