Ocultação de Alzheimer por Heleno expõe risco à segurança nacional no governo Bolsonaro

Portal Plantão Brasil
27/11/2025 12:54

Ocultação de Alzheimer por Heleno expõe risco à segurança nacional no governo Bolsonaro

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Uma revelação de gravidade institucional assustadora veio à tona, jogando luz sobre a irresponsabilidade do governo Bolsonaro com a segurança nacional. O general Augusto Heleno, um dos principais cúmplices do ex-presidente na tentativa de golpe de Estado, declarou sofrer de Alzheimer desde 2018. Isso significa que ele assumiu o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão que concentra a inteligência estratégica e a Abin, já portando uma demência progressiva, escondendo da população uma condição médica que afeta diretamente a memória e o julgamento.

A declaração foi feita no exame médico realizado ao dar entrada no Comando Militar do Planalto para cumprir sua sentença de 21 anos por tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. A omissão dessa informação crucial é inaceitável. O Brasil foi governado sob a influência de um ministro que, sendo o guardião dos segredos mais sigilosos da República, articulou ataques diretos às urnas eletrônicas e cochichava no ouvido do presidente, enquanto, segundo seu próprio laudo, tinha "perda de memória recente importante".

Documentos acessados pelo jornal Correio Brasiliense indicam que o diagnóstico de Alzheimer em estágio inicial existe, pelo menos, desde 2022, quando Heleno ainda chefiava o GSI. Sua permanência no cargo, mesmo sabendo de um quadro neurodegenerativo que compromete a capacidade cognitiva, constituiu uma irresponsabilidade gigantesca e criminosa. O diagnóstico não é um mero detalhe íntimo, mas um critério básico de segurança nacional que foi sumariamente ignorado pela cúpula bolsonarista.

A informação surge de forma conveniente agora, pois servirá de base para um pedido de progressão ao regime domiciliar. Heleno busca usar a própria condição de saúde para escapar da responsabilidade penal, alegando que a prisão pode piorar seu estado e colocar sua integridade em risco. Surge a inevitável pergunta: por que essa informação não veio a público durante o julgamento que poderia ter influenciado a dosimetria de sua pena? O laudo afirma que o general se apresenta "em bom estado geral, alerta e com sinais vitais regulares", o que levanta suspeitas sobre a manipulação da informação para fins de progressão de regime.

A gravidade do caso nos coloca diante de um dilema: Heleno de fato escondia a doença para preservar seu poder ou está usando-a para evitar a cadeia? Nas duas hipóteses, o resultado é o mesmo: a nação foi colocada em risco. A pergunta se estende ao ex-presidente: Bolsonaro sabia do diagnóstico de seu subordinado? Se sabia e escondeu, assumiu o risco de entregar a segurança do país a alguém com limitações cognitivas severas. Se não sabia, demonstra sua incompetência crônica em gerir até mesmo seus assessores mais próximos.

O que se torna cristalino é que, para Heleno e a cúpula fardada bolsonarista, preservar o projeto de poder pessoal e ideológico valia infinitamente mais do que preservar a segurança e a integridade da nação. O ato de esconder uma demência progressiva em um cargo de tamanha importância é a prova final do cinismo e do desrespeito com que trataram o Brasil.

Com informações Correio Brasiliense

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