658 visitas - Fonte: Tijolaço
Depois de uma grande festa, a gente deve arrumar a casa.
Não sem antes, porém, agradecer a quem a compartilhou conosco e quem nos deu atenção e confiança, seja por uns instantes, seja por muitos meses.
Tomar a empreitada de fazer um blog politicamente definido e engajado, ao mesmo tempo em que cuidadoso com a veracidade e a solidez da informação é algo que muitos poderiam ter feito, é verdade.
Não houve nenhum mérito em especial, senão o de ter envelhecido sem ter perdido a capacidade de me apaixonar e dedicar-me mais aos amores menos que aos confortos.
Os que conviveram comigo – já não digo os que convivem, porque a vida se resumiu, quase, nos últimos meses, a 12, 14, 16 horas nesta tela de computador tentando ficar são enquanto escrevia como um louco – sabem que aquele e o jamais ter perdido a simplicidade de hábitos são o que de melhor possuo neste trecho final da vida.
E claro, meus três filhos, só que a estes não possuo, porque pertencem a si mesmos e ao mundo.
Agora, porém, tenho de arrumar esta casa, que está uma bagunça: dívidas acumuladas, obrigações adiadas, telefone na iminência de ser cortado, cartão bancário vencido e inútil por falta de tempo para ir ao banco, burocracias urgentes relegados , um desastre total…
Não vou parar de escrever, porque há muito o que dizer,
E não posso parar por muito tempo, fazer as coisas com calma, porque a redação deste blog – com a ajuda do Miguel nos finais de semana – resume-se ao “bloco do eu sozinho”, da apuração à revisão, da ilustração à contabilidade. E ainda mais uns frilas, como na semana passada, porque a grana está sempre curta.
Mas prossigo, até porque, como um blog “sujo”(do qual dizem que vive de verbas governamentais mas não recebe, claro, um tostão de publicidade que não seja do Google) não posso parar, se não quiser que as dificuldades materiais aumentem, pois vivo da retribuição espontânea e sincera dos leitores.
Mas preciso, por uns dias, reduzir o ritmo das postagens, inclusive porque tenho a incontrolável compulsão a comentar os fatos e não, simplesmente, reproduzir matérias, muito embora isso seja importante na difusão de bons conteúdos.
Aprendi com o velho Brizola uma frase que me faz não ter medo de demonstrar o que sinto: declaração de amor nunca é demais.
E quero expressar o meu para os mais de cinco milhões de visitantes que este blog recebeu em outubro.
Uma quantidade de acessos que não me permite continuar desta maneira amadora, desorganizada e voluntarista como sigo até hoje.
Não sei como, nem de que jeito, vou continuar esta batalha, que tão insana quanto apaixonante.
Só sei que vou continuar, de um jeito ou de outro.
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