1308 visitas - Fonte: Folha
A Polícia Federal concluiu, nesta quarta-feira (18), o relatório do inquérito que investigou a invasão das contas de Telegram do ministro Sergio Moro (Justiça), de procuradores da Lava Jato, como Deltan Dallagnol, e de outras autoridades.
Seis pessoas foram indiciadas, segundo a PF, sob suspeita de terem cometido os crimes de integrar organização criminosa, invadir dispositivo informático alheio e interceptar comunicação telemática ilegal.
As mensagens de Telegram obtidas com o hackeamento foram repassadas ao site The Intercept Brasil e geraram uma série de reportagens, inclusive em parceria com outros veículos, como a Folha. As mensagens puseram a Lava Jato sob escrutínio por indicarem uma possível combinação entre o então juiz Moro e procuradores de Curitiba.
Ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do Intercept, não é imputado nenhum crime. A PF aponta que o jornalista, em mais de um diálogo com os hackers, na condição de fontes, se mostrou cauteloso quanto a não participar da execução do crime.
A ex-deputada Manuela d’Ávila (PC do B), que fez a ponte entre o hacker e Greenwald, também não é apontada como suspeita.
"Na verdade Manuela d’Ávila foi também uma das vítimas dos ataques realizados pelos investigados, tendo sua conta no aplicativo Telegram invadida no dia 12/05/2019", diz o relatório, assinado pelo delegado Luís Flávio Zampronha. "Verifica-se que o interlocutor de Manuela invadiu e utilizou a conta do Telegram do senador Cid Gomes para fazer o contato inicial."
Follow @ThiagoResiste
APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!
Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.