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Em uma postagem recente na rede social X, o coach de extrema-direita Pablo Marçal sugeriu o fim da educação pública em São Paulo, propondo que os estudantes do ensino público, que custam em média R$ 8 mil por ano, deveriam ser transferidos para escolas privadas por meio de cheques distribuídos às famílias. Essa proposta neoliberal, similar à defendida por Paulo Guedes, implica substituir o sistema público por um modelo de vouchers para estimular a educação privada.
Os vouchers na educação são uma ideia que permite aos pais utilizarem fundos públicos para matricular seus filhos em escolas privadas, ao invés de escolas públicas tradicionais. Embora promovida como uma forma de aumentar a competição entre escolas e melhorar a qualidade educacional, essa abordagem tem sido amplamente criticada e vista como fracassada em diversos contextos.
Críticos apontam que os vouchers podem aumentar a desigualdade na educação, pois as escolas privadas podem cobrar taxas superiores ao valor do voucher, tornando-se inacessíveis para famílias de baixa renda. Além disso, escolas privadas podem escolher seus alunos, frequentemente deixando de fora aqueles com maiores desafios acadêmicos ou sociais.
O sistema de vouchers também pode drenar recursos das já subfinanciadas escolas públicas, levando a cortes de programas e à deterioração da qualidade do ensino para os alunos que permanecem nelas. Experiências internacionais, como nos Estados Unidos, demonstram que programas de vouchers em larga escala frequentemente falham em alcançar resultados significativos em comparação com o ensino público.
Ademais, escolas privadas que aceitam vouchers podem operar com menos supervisão governamental, resultando em uma falta de padronização na qualidade do ensino e dos currículos, criando um ambiente educacional desigual e fragmentado.
O que você faria? pic.twitter.com/UbuEjNzLCN
— Pablo Marçal (@pablomarcal) August 10, 2024