1956 visitas - Fonte: O Globo
Anunciada na semana passada nas redes sociais, a desmonetização do canal do blogueiro bolsonarista Bernardo Kuster no YouTube foi uma decisão tomada pela própria plataforma, conforme O GLOBO apurou nesta terça-feira. Kuster é um dos blogueiros investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das Fake News. Na semana passada, havia a dúvida sobre se a desmonetização teria sido determinada por alguma decisão judicial. Fontes ouvidas pelo GLOBO, no entanto, confirmaram que a medida foi tomada pela empresa.
Bernardo Kuster é um dos blogueiros bolsonaristas mais populares na internet. Seu canal no YouTube tem mais de 924 mil inscritos. Segundo a ferramenta NoxInfluencer, que avalia o potencial de monetização de canais do YouTube, estima que o canal de Bernardo Kuster lhe rendia aproximadamente R$ 16 mil por mês apenas com a monetização proporcionada pela plataforma.
Na sexta-feira (7), ele publicou um vídeo afirmando que seu canal havia sido desmonetizado e que sua vida teria virado um “caos”.
Mais recentemente, ele ficou conhecido por fazer parte do grupo de blogueiros, empresários e parlamentares investigados pelo STF no inquérito das Fake News, que apura a existência de uma rede de disseminação de notícias falsas e ataques a autoridades.
Na semana passada, Kuster veio a público anunciar que seu canal havia sido “desmonetizado” pelo YouTube. A monetização via YouTube é uma das ferramentas apontadas como responsáveis pelo financiamento de blogueiros bolsonaristas. Nos últimos meses, O GLOBO revelou que canais como o de Kuster receberam recursos de publicidade de estatais como Petrobras e Eletrobras.
Ainda na semana passada, havia a suspeita de que a desmonetização poderia ter sido determinada por alguma decisão judicial, como ocorreu, há pouco mais de três semanas, quando o Facebook, Instagram e Twitter foram obrigados a suspenderem os perfis de blogueiros investigados. O GLOBO apurou, no entanto, que não houve nenhuma decisão judicial obrigado o Google a determinar a desmonetização do canal de Kuster.
A reportagem apurou que a decisão partiu da própria empresa depois de revisar o conteúdo de alguns dos vídeos publicados pelo blogueiro e concluir que eles violavam as políticas da plataforma.
Procurado formalmente, o Google não confirmou a informação e disse que não se pronuncia sobre casos específicos.
Não é a primeira vez que o Google promove a desmonetização de um canal ligado a investigados pelo STF.
Em junho, após ser presa e liberada, a militante extremista Sara Giromini também anunciou a desmonetização de seu canal no YouTube.
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