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O tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro durante sua presidência, foi temporariamente afastado do Exército, conforme portaria assinada pelo general de divisão Alexandre de Almeida Porto e publicada no Diário Oficial da União. Este afastamento, referido como "agregação" na legislação militar, permite que Cid responda na Justiça Militar por possíveis crimes cometidos, embora ele esteja "exclusivamente à disposição da Justiça Comum", conforme decisão judicial de 9 de setembro de 2023.
Além de sua atuação no Exército, Cid firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, onde detalhará suas ações a mando de Bolsonaro para alinhar pautas favoráveis em veículos de mídia, como a Jovem Pan. Esta emissora, que recebeu R$ 18,8 milhões em publicidade oficial após adotar uma linha editorial de extrema-direita em apoio a Bolsonaro, é acusada de veicular conteúdos que atentaram contra o regime democrático.
Cid revelará em sua delação como organizava entrevistas para Bolsonaro em programas da Jovem Pan e como mantinha contato com jornalistas e comentaristas da emissora para alinhar pautas ao discurso do ex-presidente. Ele também discutirá sua relação com empresários, jornalistas e proprietários de órgãos de imprensa que teriam recebido financiamento em troca de defesa e divulgação das realizações do antigo governo federal.
A trajetória e as revelações de Mauro Cid lançam luz sobre as intricadas conexões entre política e mídia durante o governo Bolsonaro.
*Com informações da Revista Fórum.
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