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Os países bálticos, Estônia, Letônia e Lituânia, demonstraram uma postura de resistência ao expansionismo russo, concretizando um acordo para a criação de uma linha de defesa compartilhada nas fronteiras com a Rússia e a Bielorrússia. Este movimento estratégico, claramente uma resposta à agressiva invasão russa da Ucrânia, reforça o temor destas nações de serem os próximos alvos. As antigas repúblicas soviéticas, ainda marcadas pelo trauma do domínio russo, veem nesta união uma chance de fortalecer sua posição e dissuadir possíveis ameaças militares.
Segundo anúncios feitos pelos ministros da Defesa da Estônia e da Letônia, o projeto engloba a construção de instalações defensivas antitanque, com o objetivo de se proteger de incursões hostis. Os ministros ressaltaram a importância de tais estruturas defensivas físicas nas fronteiras, enfatizando que a guerra na Ucrânia foi um sinal claro da necessidade de tais medidas.
A iniciativa ganha ainda mais relevância diante do contexto atual de tensões com a Rússia. O anúncio surge paralelo ao início do maior exercício militar da Otan desde o período da Guerra Fria, envolvendo cerca de 90 mil soldados. Essa mobilização, denominada “Defensor Fiel” (Steadfast Defender), visa aprimorar as estratégias de defesa do bloco em resposta à crise ucraniana e potencialmente preparar seus membros para uma possível invasão russa.
Este exercício da Otan, que ocorrerá tanto na América do Norte quanto na Europa, incluirá simulações de resposta rápida a uma invasão russa a um de seus países membros. As manobras abrangerão regiões estratégicas como a Polônia, a Noruega e os países bálticos, todos com fronteiras diretas ou proximidade com a Rússia.
A decisão dos países bálticos e a mobilização da Otan refletem uma crescente preocupação com a segurança e estabilidade na região, diante das ambições expansionistas russas. Estas ações sublinham a determinação dessas nações e da aliança militar ocidental em se manterem vigilantes e preparadas para qualquer cenário de conflito.
Com informações de O Globo
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