CCJ resiste à pressão bolsonarista e mantém Chiquinho Brazão preso

Portal Plantão Brasil
10/4/2024 18:14

CCJ resiste à pressão bolsonarista e mantém Chiquinho Brazão preso

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Em uma decisão marcante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados, a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no assassinato de Marielle Franco em 2018, foi mantida. Este resultado, alcançado por 39 votos a favor da manutenção contra 25 pela liberação, ressalta o compromisso de parte dos parlamentares com a justiça e a responsabilidade perante crimes graves. Interessantemente, a maioria dos votos pela liberação veio de deputados do Rio de Janeiro e do Partido Liberal (PL), ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, conhecido por suas posturas controversas.

Os 25 votos pela liberação de Brazão na CCJ vieram majoritariamente de parlamentares do PL e de partidos alinhados com ideologias de extrema-direita, como Republicanos, União Brasil e PRD. Dentre os votantes do Rio de Janeiro que buscaram a liberdade de Brazão, destacam-se nomes como Marcelo Crivella e Carlos Jordy, mostrando uma divisão ideológica significativa.

Votaram para liberar Brazão:

-Felipe Saliba (PRD-MG)
-Pedro Aihara (PRD-MG)
-Mauricio Marcon (PODE-RS)
-Roberto Duarte (REPUBLICANOS-AC)
-Lafayette Andrada (REPUBLICANOS-MG)
-Marcelo Crivella (REPUBLICANOS-RJ)
-Nicoletti (UNIÃO-RR)
-Dani Cunha (UNIÃO-RJ)
-Rafael Simoes (UNIÃO-MG)
-Delegado Marcelo (UNIÃO-MG)
-Danilo Forte (UNIÃO-CE)
-Fernanda Pessôa (UNIÃO-CE)
-Bia Kicis (PL-DF)
-Cap. Alberto Neto (PL-AM)
-Carlos Jordy (PL-RJ)
-Chris Tonietto (PL-RJ)
-Del. Éder Mauro (PL-PA)
-Dr. Jaziel (PL-CE)
-Julia Zanatta (PL-SC)
-Marcos Pollon (PL-MS)
-Pr. Marco Feliciano (PL-SP)
-Delegado Bilynskyj (PL-SP)
-Domingos Sávio (PL-MG)
-José Medeiros (PL-MT)
-Delegado Ramagem (PL-RJ)

Por outro lado, a prisão foi apoiada por uma coalizão ampla de deputados de diferentes partidos, que votaram pela manutenção. Esse grupo inclui representantes do PT, PCdoB, União, entre outros, indicando uma postura firme contra a impunidade em casos de grande repercussão social e política.

Votaram para manter a prisão:

-Bacelar (PV-BA)
-Flávio Nogueira (PT-PI)
-Helder Salomão (PT-ES)
-José Guimarães (PT-CE)
-Luiz Couto (PT-PB)
-Orlando Silva (PCdoB-SP)
-Patrus Ananias (PT-MG)
-Renildo Calheiros (PCdoB-PE)
-Rubens Pereira Jr. (PT-MA)
-Welter (PT-PR)
-Kim Kataguiri (UNIÃO-SP)
-Benes Leocádio (UNIÃO-RN)
-Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
-Covatti Filho (PP-RS)
-Fausto Pinato (PP-SP)
-Toninho Wandscheer (PP-PR)
-Neto Carletto (PP-BA)
-Dra. Alessandra H. (MDB-PA)
-Juarez Costa (MDB-MT)
-Rafael Brito (MDB-AL)
-Cobalchini (MDB-SC)
-Renilce Nicodemos (MDB-PA)
-Castro Neto (PSD-PI)
-Cezinha Madureira (PSD-SP)
-Delegada Katarina (PSD-SE)
-Diego Coronel (PSD-BA)
-Darci de Matos (PSD-SC)
-Def. Stélio Dener (REPUBLICANOS-RR)
-Ricardo Ayres (REPUBLICANOS-TO)
-Alex Manente (CIDADANIA-SP)
-Afonso Motta (PDT-RS)
-Márcio Honaiser (PDT-MA)
-Gilson Daniel (PODE-ES)
-Duarte Jr. (PSB-MA)
-Pedro Campos (PSB-PE)
-Waldemar Oliveira (AVANTE-PE)
-Maria Arraes (SOLIDARIEDADE-PE)
-Célia Xakriabá (PSOL-MG)
-Chico Alencar (PSOL-RJ)

Este episódio não apenas reflete as divisões políticas no Brasil mas também destaca a luta contínua pela justiça para Marielle Franco, cujo assassinato ainda mobiliza amplas camadas da sociedade brasileira em busca de respostas e punição para os culpados.

A liderança do PL, antes da votação, defendeu a liberação de Brazão, argumentando sobre a legalidade da prisão, um ponto de vista que reflete a tensão constante entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os limites da imunidade parlamentar e as condições para a detenção de parlamentares.

A decisão da CCJ é um passo importante, mas não definitivo, pois Chiquinho Brazão ainda enfrentará uma votação no plenário da Câmara, que determinará se ele permanecerá detido. Este caso testa os princípios da justiça e da imparcialidade no sistema político brasileiro, marcando um momento decisivo na luta contra a impunidade e a corrupção.

Com informações do DCM





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