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Um documento encontrado pela Polícia Federal no gabinete de Domingos Brazão no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) desvendou conexões alarmantes. Segundo informações, o documento sugeria a nomeação de Katia Lenise Fontôra Pereira, ligada a um dos chefes da milícia de Rio das Pedras, para um cargo na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Katia, identificada junto ao apelido "Fininho", é mãe da filha do ex-PM Marcus Vinicius Reis dos Santos, conhecido como Fininho e preso em 2019 por ser um dos líderes do grupo paramilitar.
Fininho foi acusado de fornecer a arma usada no assassinato da vereadora Marielle Franco, e sua companheira foi nomeada para o cargo de Assistente no Departamento de Gestão de Benefícios da Alerj em janeiro de 2017, permanecendo até junho de 2019. A investigação aponta que sua nomeação era parte de um acordo com a milícia, evidenciando a influência de criminosos nos cargos políticos.
Domingos Brazão, ex-deputado estadual e eleito conselheiro do TCE, e seu irmão Chiquinho Brazão, também envolvido, têm suas trajetórias marcadas por ligações com atividades milicianas. A quebra de sigilo telefônico mostrou que Chiquinho mantinha contato com Fininho, sublinhando a interação entre políticos e figuras criminosas.
A descoberta reforça o papel dos irmãos Brazão e de seus associados no assassinato de Marielle, planejado para barrar sua atuação contra as políticas habitacionais corruptas na Zona Oeste, uma região notoriamente controlada por milícias. Marielle, eleita em 2016, era uma crítica vocal das irregularidades nos projetos de habitação implementados pelos Brazão, o que despertou a ira e planejamento de seu assassinato para silenciar sua voz.
A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou os irmãos Brazão; o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil; e o policial militar Ronald Alves de Paula, ex-chefe de uma milícia, pelo assassinato de Marielle e Anderson. O soldado da Polícia Militar Robson Calixto Fonseca, ex-assessor de Domingos Brazão, também foi denunciado por associação criminosa.
Estas revelações sublinham o entrelaçamento profundo entre o crime organizado e a política no Rio de Janeiro, desafiando a democracia e a segurança pública, enquanto a justiça tenta desenredar essa complexa teia de corrupção e violência.
Com informações de O Globo
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