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A Polícia Federal prendeu, na noite de segunda-feira (16), em Santa Catarina, o candidato a vereador de Blumenau, Dirlei Paiz (PL), como parte da Operação Lesa Pátria. Ele era um dos bolsonaristas foragidos desde os atos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) depredaram prédios federais em Brasília.
Dirlei foi detido enquanto fazia campanha próximo à sua casa e levado ao Presídio Regional de Blumenau. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em 29 de agosto. Ele já havia sido preso em agosto de 2023 e é conhecido por sua participação em manifestações golpistas, inclusive em acampamentos em frente a um batalhão do Exército, pedindo “intervenção federal” contra o governo Lula (PT).
Após ser solto em dezembro com uso de tornozeleira eletrônica e proibição de usar redes sociais, Dirlei violou as condições ao fazer publicações durante a campanha eleitoral. O Diretório Municipal do PT denunciou ao STF, levando à nova ordem de prisão. A defesa alegou que as contas do candidato haviam sido "hackeadas", mas o argumento foi rejeitado.
Dirlei vinha utilizando sua prisão anterior como bandeira política, pedindo votos com o discurso de que foi preso por “lutar pela liberdade” de seus apoiadores. A Polícia Civil de Santa Catarina e a Polícia Federal afirmaram que agiriam contra qualquer pessoa com mandado relacionado aos ataques à sede dos Três Poderes, mesmo em período eleitoral. A lei eleitoral só impede a prisão de candidatos de 21 de setembro a 8 de outubro.
Apesar da prisão preventiva, Dirlei ainda pode continuar concorrendo à vaga de vereador, já que a lei permite que candidatos sem sentença condenatória definitiva disputem eleições. O PL municipal manifestou solidariedade ao candidato e afirmou esperar seu retorno à campanha. A defesa de Dirlei já anunciou que entrará com recurso contra a prisão.
Com informações do DCM
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