2/6/2025 10:21

Com dinheiro público, senadores bolsonaristas vão aos EUA visitar golpistas presas

4915 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Senadores bolsonaristas, com aval da Comissão de Direitos Humanos do Senado e dinheiro público, aprovaram uma viagem aos Estados Unidos para visitar mulheres presas por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. A missão é liderada por Eduardo Girão (Novo-CE), que tenta, mais uma vez, distorcer os fatos para transformar golpistas condenadas em "perseguidas políticas".

O requerimento cita quatro brasileiras: três já condenadas pelo STF por crimes como tentativa de golpe de Estado e associação criminosa, e uma ainda ré, que responde por cinco acusações. Após fugirem do Brasil para escapar da Justiça, todas foram detidas ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Uma delas, Cristiane da Silva, já foi deportada, enquanto outras três seguem presas em El Paso, no Texas, desde 21 de janeiro.

Entre as presas estão Rosana Maciel Gomes, de Goiânia, sentenciada a 14 anos; Raquel Souza Lopes, de Joinville, condenada a 17 anos; e Michely Paiva Alves, de Limeira, ainda em julgamento. Todas envolvidas diretamente nos atos violentos de 8 de janeiro. Mesmo diante das sentenças do STF, Girão insiste na narrativa de perseguição, minimizando os crimes cometidos.

O senador alega que a viagem pretende investigar supostas violações de direitos humanos e avaliar as condições das prisões norte-americanas, como se o sistema dos EUA fosse alvo de dúvidas sobre respeito a leis e direitos. Tenta ainda reescrever a história ao afirmar que as criminosas “apenas entraram num prédio para se proteger”.

A manobra revela não apenas a tentativa de vitimizar golpistas condenadas, mas também um esforço deliberado do bolsonarismo em manter vivas as mentiras sobre o 8 de janeiro. A viagem, bancada com recursos do Congresso, simboliza o uso da máquina pública para defender extremistas que atentaram contra a democracia brasileira.

Enquanto o país enfrenta desafios reais, senadores bolsonaristas preferem gastar tempo e dinheiro em uma “missão” para blindar criminosas foragidas da Justiça. O objetivo está claro: sabotar a verdade e seguir alimentando a base radical com fantasias de perseguição.
Com informações do DCM

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