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O coronel da reserva Etevaldo Luiz Caçadini, velho aliado de Jair Bolsonaro e figura central do grupo extremista "Comando C4" — sigla para Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos — organizou o 1º Encontro Nacional dos Grupos Patriotas no Clube Militar, no Rio de Janeiro, em setembro de 2023. O evento reuniu figuras ligadas ao bolsonarismo, como o deputado General Girão (PL-RN) e o desembargador aposentado Sebastião Coelho, conhecido por defender pautas golpistas e atacar o Supremo Tribunal Federal.
Encontro Nacional do Grupo Patriotas
Hedilerson Barbosa, instrutor de tiro e Nikolas Ferreira
Pouco tempo depois desse encontro, Caçadini foi preso em meio às investigações do assassinato do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá. A Polícia Federal descobriu que o Comando C4 também estaria envolvido em um esquema criminoso de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e até no STJ, revelando a profundidade da podridão bolsonarista infiltrada em instituições.
General Girão e coronel Caçadini durante o 1º Encontro Nacional dos Grupos Patriotas, no Clube Militar, no Rio de Janeiro, em 2023.
Durante o evento, Caçadini elogiou publicamente Sebastião Coelho, que naquele mesmo ano foi alvo de investigação do CNJ por defender a ruptura institucional. Coelho, atualmente advogado do ex-assessor bolsonarista Filipe Martins, chegou a ser detido por tumultuar o STF em um julgamento contra Bolsonaro. Ambos usaram o palanque do Clube Militar para atacar a democracia, com falas carregadas de teor autoritário e revisionista.
Outro personagem envolvido no escândalo é o deputado General Girão, condenado recentemente a pagar R$ 2 milhões por incentivar atos golpistas. Em sua fala no evento, ele defendeu o apoio popular a ações insurrecionais, com referências veladas à "guerrilha", em tom provocativo. Girão também é alvo de inquérito no STF, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, sobre seu papel nos atos criminosos de 8 de janeiro.
Entre os presentes, também estava Hedilerson Barbosa, instrutor de tiro e acusado de participar do assassinato de Zampieri. Ele aparece em fotos ao lado de Coelho, Girão e outros bolsonaristas como Nikolas Ferreira e Marcos Pollon. Em suas redes, ostenta camisetas da AREB (Associação dos Reservistas do Brasil) e se diz veterano do Exército.
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As investigações da PF apontam ainda para uma tabela com valores para espionagem e assassinatos sob encomenda, encontrada em endereços ligados a Caçadini. Os alvos incluíam ministros do STF, parlamentares e opositores políticos. Em transmissões feitas pela internet, Caçadini atacava sistematicamente o ministro Flávio Dino, reforçando o ódio ideológico e a violência típica da extrema-direita bolsonarista.
Com informações do DCM
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