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Condenada por unanimidade a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) fugiu para Portugal e agora tenta se reposicionar como ativista no exterior. A decisão do STF também determinou a perda do mandato, embora a execução da medida dependa da conclusão dos recursos e da manifestação do plenário da Câmara.
Zambelli foi considerada culpada por participação ativa em um esquema criminoso que envolveu o hacker Walter Delgatti. A dupla invadiu o sistema do Conselho Nacional de Justiça e inseriu documentos falsos com o objetivo de atacar as instituições democráticas e fragilizar a confiança no Judiciário, num plano premeditado que, segundo o ministro Alexandre de Moraes, integrava uma estratégia para desestabilizar o país.
Mesmo após a condenação, a deputada tenta se apresentar como vítima, afirmando que deixou o Brasil por “não ter espaço para falar” e dizendo que deseja ser “uma voz de resistência” no exterior. Em entrevista, voltou a atacar o sistema eleitoral e o Judiciário, reafirmando teses golpistas já amplamente desmentidas.
A defesa de Zambelli alegou que a viagem seria para “tratamento de saúde”, argumento que não convenceu, diante da reincidência da parlamentar em declarações extremistas e atitudes antidemocráticas. Apesar da pena e da inelegibilidade por oito anos com base na Lei da Ficha Limpa, ela ainda aguarda o julgamento final dos recursos para eventual cumprimento da prisão.
Além da perda do mandato e da inelegibilidade, Zambelli viu sua credibilidade desmoronar ao ser apontada como articuladora de ações contra o Estado Democrático de Direito. As ações criminosas, segundo Moraes, têm relação direta com os atos golpistas de 8 de janeiro, revelando um padrão de ataques orquestrados ao sistema republicano.
O Supremo entendeu que a parlamentar bolsonarista agiu com plena consciência da ilegalidade dos seus atos. A fuga do país, após a condenação, reforça o desprezo que Zambelli demonstra pelas instituições brasileiras e pelas consequências de seus crimes.
Com informações de O Globo
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