Portugal rejeita quase 34 mil imigrantes e brasileiros estão entre os mais atingidos

Portal Plantão Brasil
3/6/2025 12:48

Portugal rejeita quase 34 mil imigrantes e brasileiros estão entre os mais atingidos

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O governo de Portugal intensificou sua política de rejeição a imigrantes e quase dobrou, em pouco mais de um mês, o número de pedidos de residência negados. Segundo o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, 33.983 estrangeiros serão notificados para deixar o país, seja de forma voluntária ou coercitiva, revelando um endurecimento preocupante na abordagem migratória.

Entre os afetados, 5.386 são brasileiros, o que torna o Brasil a segunda nacionalidade mais prejudicada por essa ofensiva. A liderança das rejeições é ocupada por cidadãos indianos, seguidos por pessoas de Bangladesh, Nepal e Paquistão. No total, quase 34 mil processos foram indeferidos, em contraste com 150 mil aprovações entre os mais de 184 mil analisados até agora.

Veja a lista das nacionalidades mais afetadas:

Indianos: 13.466
Brasileiros: 5.386
Cidadãos de Bangladesh: 3.750
Nepaleses: 3.279
Paquistaneses: 3.005
Argelinos: 1.054
Marroquinos: 603
Colombianos: 236
Venezuelanos: 234
Argentinos: 180
Outras nacionalidades: 2.790

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) passou a emitir cerca de 2 mil notificações por dia, com uso de um sistema semiautomático que acelerou o envio das ordens de retirada. O novo modelo foi implementado como parte do Plano de Ação para as Migrações, em uma tentativa de "agilizar" os processos — embora na prática venha resultando em aumento da exclusão e insegurança para milhares de famílias.


O regime legal português estabelece que a primeira notificação permite a saída voluntária, mas se não houver cumprimento, a expulsão forçada será feita com apoio policial. A medida levanta preocupações humanitárias, especialmente diante do impacto sobre brasileiros e demais comunidades que buscam regularização e estabilidade no país.

Os 440 mil processos de residência fazem parte do antigo sistema de “manifestação de interesse”. A atual taxa de rejeição é de 18,5%, evidenciando que quase dois em cada dez pedidos têm sido recusados. Apesar das promessas de integração, o governo português parece seguir um caminho mais voltado ao controle e à exclusão.

As declarações foram feitas durante uma coletiva que marcou o primeiro ano do plano migratório. O ministro afirmou que o país seguirá reforçando o controle da permanência legal dos estrangeiros, um movimento que vem sendo criticado por organizações de direitos humanos e comunidades afetadas.

Com informações do DCM

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