General muda versão no STF e Moraes enquadra: “Mentiu na polícia ou mente aqui?”

Portal Plantão Brasil
3/6/2025 16:31

General muda versão no STF e Moraes enquadra: “Mentiu na polícia ou mente aqui?”

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Durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal sobre a tentativa de golpe de Estado articulada no fim de 2022, o ministro Alexandre de Moraes confrontou duramente o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, por apresentar versões contraditórias em seus depoimentos. A cobrança ocorreu durante o depoimento prestado ao STF, cujos vídeos foram divulgados nesta terça-feira (3).

O general havia afirmado à Polícia Federal que Jair Bolsonaro discutiu propostas golpistas em uma reunião com os então comandantes das Forças Armadas. Segundo o relato, o almirante Garnier Santos, da Marinha, teria inclusive se colocado à disposição do ex-presidente. No entanto, em novo depoimento, dessa vez ao STF, Freire Gomes recuou, dizendo não ter testemunhado qualquer “conluio”.

Diante da mudança de versão, Moraes reagiu com firmeza. “Antes de responder, pense bem. A testemunha não pode deixar de falar a verdade. Se mentiu na polícia, tem que falar que mentiu na polícia. Não pode agora no STF dizer que não sabia... Ou o senhor falseou a verdade na polícia ou está falseando aqui”, afirmou o ministro.

A declaração de Moraes expõe a tentativa de blindagem entre aliados do bolsonarismo dentro das Forças Armadas. A postura oscilante de Freire Gomes levanta dúvidas sobre seu compromisso com a verdade e com a democracia, especialmente diante de uma investigação que apura crimes gravíssimos contra o Estado de Direito.

O ministro deixou claro que, como testemunha, o general é obrigado a manter coerência nos relatos, sob pena de incorrer em falso testemunho. O caso de Freire Gomes torna-se simbólico da tentativa de setores militares de esconder ou relativizar a gravidade do envolvimento de Jair Bolsonaro e de seus aliados em uma conspiração golpista.

O STF segue firme em seu dever constitucional de esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos nos atentados contra a democracia. A pressão de Alexandre de Moraes evidencia o rigor necessário para impedir a impunidade de figuras que flertaram com a ruptura institucional.
Com informações do Brasil 247

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