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O Supremo Tribunal Federal (STF) informou que os interrogatórios dos réus envolvidos na tentativa de golpe contra a democracia, após a derrota de Jair Bolsonaro em 2022, serão transmitidos ao vivo a partir da próxima segunda-feira (9). As audiências, que seguem até sexta-feira (13), envolvem os integrantes do chamado “Núcleo 1” da denúncia apresentada pelo procurador-geral Paulo Gonet.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso, será o primeiro a depor. Bolsonaro, que se tornou réu por golpismo, será o sexto a ser interrogado. Todos os acusados deverão comparecer presencialmente ao plenário da Primeira Turma do STF, com exceção do general Braga Netto, que será ouvido por videoconferência, por estar preso preventivamente no Rio de Janeiro.
A ordem de depoimentos, após Mauro Cid, será: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto. A presença de figuras centrais do antigo governo demonstra o grau de envolvimento do núcleo bolsonarista na tentativa de ruptura institucional.
O ministro Alexandre de Moraes destacou que os réus continuam proibidos de conversar entre si, mesmo que possam se cumprimentar. Também ressaltou que cada acusado terá seu espaço individualizado durante os depoimentos, e todos têm o direito de permanecer em silêncio.
As investigações apontam para uma articulação criminosa que visava anular os resultados eleitorais e impedir a posse legítima do presidente Lula. Provas incluem mensagens, registros de reuniões no Alvorada e esboços de um plano de golpe militar.
Antes dessa fase de interrogatórios, o STF já havia ouvido 52 testemunhas, entre militares e ex-assessores de Bolsonaro. Algumas delas confirmaram que houve discussões sobre ruptura democrática dentro do Palácio da Alvorada, comprovando o teor golpista do grupo bolsonarista.
Com informações do DCM
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