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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou a pressão sobre senadores republicanos para garantir a aprovação de seu projeto ultraconservador, que prevê cortes profundos em direitos sociais e avanços ambientais. Em ataque direto ao senador Rand Paul, Trump chamou o colega de “perdedor” e o acusou de não entender o conteúdo da proposta, numa tentativa de isolar as resistências internas ao texto.
O pacote legislativo já foi aprovado na Câmara por margem apertada, mas enfrenta dificuldades no Senado. Entre os pontos mais polêmicos, estão o aumento das deportações, o desmonte de créditos fiscais para energias limpas e a redução de repasses ao Medicaid, programa de saúde que atende milhões de pessoas de baixa renda. Além disso, o projeto eleva em US$ 4 trilhões o teto da dívida, o que desagrada a parte da bancada ultraliberal.
Senadores como Ron Johnson, Mike Lee e o próprio Rand Paul querem cortes ainda mais severos, enquanto outros, como Lisa Murkowski e Susan Collins, criticam a proposta por colocar em risco hospitais em áreas rurais e inviabilizar projetos de energia renovável. A senadora do Alasca alertou que a eliminação dos créditos verdes afetará diretamente sua população.
Apesar das divisões, Trump quer que o projeto seja aprovado antes do feriado de 4 de julho, pressionando a bancada com postagens nas redes sociais e exigindo que o texto chegue “à sua mesa” sem alterações. A estratégia tem gerado desconforto entre senadores que não aceitam aprovar um pacote que penaliza duramente os mais pobres e ameaça conquistas ambientais.
Mesmo com a ofensiva, os desentendimentos entre republicanos colocam em risco a tramitação do pacote. A oposição democrata também promete barrar o projeto, que pode virar símbolo do autoritarismo fiscal e ideológico do atual governo norte-americano.
Com informações do Brasil247
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