5/6/2025 15:14

Lula denuncia avanço fascista e alerta que a democracia está sob ataque

402 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Durante discurso à comunidade brasileira em Paris nesta quinta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta firme contra o avanço da extrema direita no mundo. Segundo Lula, uma corrente "nazista, fascista e negacionista" está em curso, ameaçando as instituições, a ciência, os direitos humanos e os valores democráticos conquistados com muito esforço desde a Segunda Guerra Mundial.

Lula homenageou a memória do ex-deputado Rubens Paiva, brutalmente assassinado pela ditadura militar, ao lado de sua filha Ana Lúcia Paiva, e exaltou o filme baseado no livro “Ainda Estou Aqui”, de Marcelo Rubens Paiva. O presidente destacou a importância de preservar a memória para evitar retrocessos, emocionando-se ao reconhecer a resistência da família.

O presidente também celebrou sua visita à Academia Francesa, onde, ao lado de nomes históricos como Dom Pedro II, foi o segundo brasileiro a discursar. Lula afirmou ter levado o conceito de “multilateralismo” ao vocabulário francês, defendendo uma nova governança global mais justa e inclusiva, mesmo diante das dificuldades impostas por estruturas internacionais excludentes.

Lula reafirmou que o combate à fome é sua missão mais urgente. Relembrou a conquista de 2012, quando o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU, e destacou que, desde o início de seu atual governo, 24 milhões de brasileiros deixaram a insegurança alimentar. O retrocesso se iniciou após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, segundo o presidente, que voltou a denunciar o impeachment como ruptura democrática.

Ao criticar duramente Jair Bolsonaro, Lula responsabilizou o ex-presidente pelo morticínio da pandemia e pela negação da ciência, classificando como criminosa sua conduta frente à Covid-19. Disse que, no futuro, ele será julgado pela irresponsabilidade que custou a vida de mais de 700 mil brasileiros.

O presidente encerrou o discurso reforçando os pilares de sua política internacional: defesa da democracia, combate à fome e à desigualdade. Criticou o descaso ambiental dos países ricos e a disparidade global nos gastos: “Enquanto se gastam US$ 2,7 trilhões em armas, 733 milhões de pessoas ainda passam fome”.

Com informações do Brasil 247

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