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A indústria automotiva mundial enfrenta uma crise provocada pela escassez de terras raras e ímãs fornecidos pela China, essenciais para a produção de veículos elétricos e componentes eletrônicos. A decisão de Pequim de restringir a exportação desses materiais vem desestabilizando cadeias produtivas e forçando montadoras em vários países a suspenderem operações.
Empresas como Ford, Suzuki e Bajaj Auto já sofreram impactos diretos. A Ford interrompeu a produção do SUV Explorer em Chicago por uma semana, enquanto a Suzuki suspendeu a fabricação do Swift no Japão, prevendo retomada apenas a partir de 16 de junho. Na Índia, a Bajaj alerta para possíveis paralisações em julho, caso os insumos não cheguem.
Na Europa, a associação CLEPA informou que diversas linhas de montagem foram desativadas. A Bosch relatou dificuldades no fornecimento devido às novas exigências burocráticas chinesas, e a ZF já vê seus parceiros enfrentando gargalos. A BMW confirmou impactos em sua cadeia de suprimentos, mas manteve suas operações.
A situação escancara a dependência global de um único país para acesso a recursos estratégicos. Terras raras, grupo de 17 elementos químicos, são cruciais em tecnologias modernas, e sua cadeia de produção é majoritariamente controlada pela China — o que coloca em risco a soberania produtiva de diversas economias.
Além do impacto industrial, a crise reflete tensões geopolíticas maiores. As restrições chinesas vêm sendo usadas como ferramenta em disputas comerciais com potências ocidentais, alimentando o debate sobre autonomia energética e tecnológica.
A falta desses insumos estratégicos não afeta apenas montadoras, mas representa uma ameaça à transição energética e à inovação tecnológica global, num momento em que o mundo busca reduzir emissões e ampliar a produção de veículos sustentáveis.
Com informações do Brasil 247
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