6/6/2025 11:20

Trump Media e Rumble entram com ação contra Moraes para proteger aliados de Bolsonaro

487 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A Trump Media, conglomerado de comunicação do presidente dos EUA, Donald Trump, e a rede social Rumble — reduto da extrema direita internacional — entraram com uma ação judicial contra o ministro Alexandre de Moraes nesta sexta-feira (6), na Flórida. A alegação absurda é de que Moraes estaria violando a Constituição dos EUA por impedir que criminosos brasileiros utilizem plataformas digitais sediadas fora do país para disseminar ataques ao Judiciário e à democracia brasileira.

A ofensiva jurídica parte do mesmo grupo que apoia Eduardo Bolsonaro, foragido de responsabilidade, e tenta blindar figuras como Allan dos Santos e Paulo Figueiredo. A petição exige que decisões do ministro brasileiro não tenham validade nos Estados Unidos e ataca o STF por coibir crimes cometidos em plataformas digitais. Chegam ao ponto de pedir indenizações por supostos “danos à liberdade de expressão” e alegam que Moraes extrapola sua autoridade — uma tentativa desesperada de proteger foragidos da Justiça.

O documento divulgado pela CNN traz alegações conspiratórias, incluindo que o ministro busca silenciar vozes de direita e “ameaça os valores democráticos dos EUA”. É mais uma tentativa de internacionalizar a narrativa bolsonarista de perseguição, ignorando que os alvos da Justiça brasileira estão sendo investigados por atos golpistas, disseminação de fake news e ameaças a instituições.


A Rumble, rede social que se nega a cumprir ordens judiciais brasileiras e sequer tem representação formal no país, é apontada como plataforma usada por criminosos bolsonaristas para atacar o STF. O próprio advogado da Trump Media, Martin De Luca, foi escalado pela revista Veja para atacar Moraes em uma “entrevista” que mais parece peça publicitária das big techs da ultradireita internacional.

A revista Veja, que já apoiou a extrema direita durante a Ditadura Militar, agora age como porta-voz do bolsonarismo exilado. A publicação comparou Eduardo Bolsonaro a Collor na capa e tentou naturalizar a tentativa de desestabilizar o Judiciário brasileiro, ecoando as mentiras sobre “violações de direitos humanos” praticadas por Moraes — uma inversão perversa da realidade.

A retórica dos aliados de Trump e Bolsonaro tenta distorcer os fatos: enquanto criminosos fogem do Brasil para evitar punições, seus defensores falam em “censura” e “perseguição”, quando o que se vê é a Justiça agindo para conter ataques sistemáticos à democracia.
Com informações da Fórum

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