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A revista Veja, historicamente alinhada à direita e apoiadora da ditadura militar, voltou a prestar serviços à extrema direita ao lançar Eduardo Bolsonaro como “novo Caçador de Marajás”, repetindo o roteiro que usou em 1988 para alavancar Fernando Collor. Na capa e na entrevista publicada nesta sexta (6), Eduardo aparece como presidenciável e protagonista de um “novo ciclo”, enquanto ataca o STF, defende pautas neoliberais e faz propaganda aberta da submissão do Brasil aos interesses de Donald Trump.
A mesma edição trouxe uma “entrevista” com Martin De Luca, advogado da Trump Media, escalado para atacar o ministro Alexandre de Moraes e defender a atuação de plataformas bolsonaristas como a Rumble, suspensa no Brasil por se recusar a obedecer decisões judiciais. A revista, numa espécie de peça publicitária da extrema direita digital, ecoa a retórica golpista que tenta travar as ações do STF e blindar criminosos foragidos como Allan dos Santos e Paulo Figueiredo.
Durante a conversa, Eduardo se coloca como vítima de uma suposta perseguição e se diz “feliz” por já aparecer como possível nome do bolsonarismo para 2026. Repetindo chavões neoliberais, defende menos Estado, “copiar o modelo americano” e diz que seu ministro da economia seria alguém alinhado ao mercado financeiro, descartando qualquer perfil como o de Fernando Haddad. Em momento ensaiado, também lança elogios a Michelle Bolsonaro e desdenha de Tarcísio de Freitas, mostrando que a disputa interna do clã já está em curso.
O presidente Lula criticou duramente o conteúdo da entrevista e da capa da Veja, classificando como “inadmissível” que autoridades estrangeiras interfiram nas decisões do STF. Ele ainda condenou a postura antipatriótica de Eduardo, que abandonou o mandato para conspirar contra o Brasil nos Estados Unidos, pedindo ajuda ao governo Trump para intervir na política brasileira.
A tentativa da revista Veja de vender Eduardo Bolsonaro como alternativa viável para 2026 repete um padrão que já usou para promover nomes como Collor, José Serra, Aécio Neves e Sergio Moro. Trata-se de um movimento coordenado entre setores da mídia liberal e a extrema direita internacional para tentar reconstruir a imagem do bolsonarismo após o fracasso do golpe de 2023 e o isolamento do clã no Brasil.
Enquanto o STF atua para proteger a democracia, setores da velha imprensa, big techs e agentes de Trump fazem de tudo para sabotar a soberania nacional. A nova capa da Veja não é jornalismo: é campanha antecipada para garantir que os mesmos de sempre continuem explorando o país.
Com informações da Fórum
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