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O tenente-coronel Mauro Cid confirmou nesta segunda-feira (9) que o então presidente Jair Bolsonaro pediu que fosse feita vigilância sobre a rotina do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo o delator, o objetivo era checar se Moraes se reunia com o vice-presidente Hamilton Mourão, em mais uma manobra autoritária para tentar minar as instituições.
Durante seu depoimento no STF, Cid — que já admitiu participação ativa na tentativa de golpe — declarou que esse tipo de ordem partindo de Bolsonaro era frequente, sendo considerado “comum” dentro do núcleo palaciano. A missão de monitoramento, neste caso, foi repassada ao coronel Marcelo Câmara, outro réu envolvido no plano golpista.
Cid ainda afirmou que, muitas vezes, essas verificações envolviam checagens junto à Força Aérea ou consultas à agenda oficial das autoridades. O militar voltou a confirmar que Bolsonaro tinha pleno conhecimento da minuta golpista que previa o uso do estado de sítio como estratégia para barrar a posse do presidente Lula, democraticamente eleito.
O ex-ajudante de ordens é o primeiro do núcleo duro bolsonarista a prestar depoimento presencial ao ministro Alexandre de Moraes, que conduz os interrogatórios sobre o plano criminoso contra a democracia. As oitivas seguem até sexta-feira (13) e prometem trazer à tona novos detalhes da conspiração.
Além de Cid, estão na lista de interrogados nomes diretamente ligados à tentativa de ruptura institucional, como os generais Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira e o próprio Jair Bolsonaro, todos acusados de integrar a engrenagem golpista que tentou impedir a posse de Lula.
O processo corre na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal e representa uma etapa crucial na responsabilização dos que tramaram contra a democracia brasileira.
Com informaçõesdo Brasil 247
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