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Em novo depoimento ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (9), o tenente-coronel Mauro Cid revelou mais uma peça da engrenagem golpista montada por Jair Bolsonaro e seus aliados. Cid confirmou que foi a deputada bolsonarista Carla Zambelli quem agendou uma reunião entre Bolsonaro e o hacker Walter Delgatti Neto, figura já condenada por crimes cibernéticos, para discutir falsas suspeitas sobre o sistema de votação eletrônico.
Segundo o depoimento, a reunião ocorreu no Palácio da Alvorada, a mando direto de Bolsonaro. O objetivo era claro: buscar algum pretexto técnico para desacreditar as urnas eletrônicas e justificar uma ofensiva contra o processo democrático. Após esse encontro, Bolsonaro ainda solicitou ao então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que viabilizasse uma nova reunião entre Zambelli e Delgatti, desta vez no próprio Ministério da Defesa.
Cid enfatizou que estudos técnicos jamais identificaram qualquer indício de fraude nas urnas, desmontando mais uma vez a narrativa mentirosa promovida pela extrema-direita. Apesar disso, o núcleo bolsonarista insistia em fabricar um enredo golpista, instrumentalizando inclusive instituições do Estado.
O depoimento foi dado no âmbito do processo que apura a tentativa de golpe de Estado promovida por Jair Bolsonaro após sua derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. Cid foi o primeiro a prestar esclarecimentos nesta fase de interrogatórios conduzida pela Primeira Turma do STF.
Essas revelações confirmam que o bolsonarismo operou ativamente para sabotar a democracia brasileira, mobilizando agentes públicos, militares e até criminosos condenados em uma ofensiva autoritária. A atuação firme do STF é fundamental para desmontar esse esquema e punir os responsáveis por ameaçar a soberania do voto popular.
Com informações do Brasil247
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