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O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento nesta terça-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal, no processo que apura a tentativa de golpe para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, Bolsonaro admitiu que teve “conversas” com militares e aliados sobre alternativas para barrar a vitória de Lula, alegando que tudo foi feito “dentro da Constituição”.
No entanto, sua fala entra em contradição com a própria acusação da Procuradoria-Geral da República, que aponta que Bolsonaro teve conhecimento da chamada “minuta do golpe”, documento que previa estado de sítio e prisões de ministros do STF. Delatores como o tenente-coronel Mauro Cid confirmaram que Bolsonaro não só leu o texto, como sugeriu mudanças, mantendo apenas o nome de Moraes como alvo.
Durante o depoimento, Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral e tentou se eximir da responsabilidade sobre os ataques às urnas eletrônicas. Ele ainda leu um texto desconexo, tentando justificar sua postura ao alegar que figuras de esquerda também criticaram o sistema — numa estratégia para desviar o foco de suas próprias ações.
A narrativa do ex-mandatário também buscou despolitizar a conspiração, dizendo que “agiu dentro das quatro linhas da Constituição” e que apenas se “revoltava” com palavrões. Mas os indícios e as delações colhidas pela investigação desmontam essa versão e reforçam que houve articulação direta para deslegitimar o resultado das eleições.
A tentativa de Bolsonaro de passar a imagem de líder contido e institucional contrasta com seu histórico de ataques às instituições e com o comportamento golpista que estimulou seus seguidores a ocuparem quartéis e depredarem os Três Poderes no 8 de janeiro.
Com informações do Brasil247
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